sábado, 30 de julho de 2011

Dízimos…. e mais dízimos

Depois que Caio Fábio declarou: “Não aceite o texto de Malaquias no qual a igreja estelionatária pegou para si“;.(...) “O dizimo sempre foi estabelecido para Israel para o sustendo da ordem levítica para manutenção do templo, para distribuição aos pobres”;(...) “Hoje por estarmos no tempo da Graça e não mais na Lei, nenhuma pessoa deve levar o dízimo a nenhum templo nem lugar”. E desafiou qualquer pastor evangélico para discutir sobre o tema. Causou um verdadeiro pandemônio entre os defensores desta prática. Como não há argumentos bíblicos para derrubar a afirmação de Caio, apelam para diversas formas de ataque como: não devemos escutar quem está caído; Caio Fábio demonstra que não consegue se conformar em estar longe dos holofotes que sempre focaram-lhe nas décadas de 80 e 90; para sair do ostracismo e voltar a ocupar o patamar de antes, a melhor estratégia é acusar, atacar, apontar o dedo e diminuir os outros; no passado Caio Fábio defendeu o dízimo até onde era conveniente para ele;

Caído ou não. Querendo sair do ostracismo ou não. Este homem, que não tem nada a perder, afirmou uma verdade incontestável.

Esta semana enquanto lia no sítio http://baugospel.com.br/caio-fabio-fala-sobre-o-dizimo-e-desafia-pastores-no-brasil/ mais uma tentativa de explicação sobre a prática de dizimar, encontrei nos comentos sobre esta matéria, comentada por Giovanni, um dos estudos mais completos sobre o assunto. Vale a pena ler! Coloco abaixo o texto na íntrega.

É interessante saber responder bem à seguinte pergunta: Quando começa o Novo Testamento? É em Mateus 1 ou na Cruz? Quando alguém diz que Cristo corroborou o que o VT diz sobre o dízimo esquece também de dizer que naquela ocasião o dízimo estava em vigor e por isso Cristo disse o que disse, e especificou o que o VT sempre disse: dízimo nunca foi dinheiro, mas sempre foi alimentos (por isso Jesus falou de ervinhas e temperinhos e não de moedas e centavos).

A Lei e os Profetas duraram (profetizaram) até João Batista. Este João foi o profeta que apresentou o Messias prometido a Israel. O Antigo Testamento preparou o caminho (serviu de aio) até Cristo. “Porque o fim da Lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê”. (Romanos 10:4). Jesus Cristo mostrou aos judeus a necessidade de um novo pacto, mais aperfeiçoado. Durante o seu ministério, Jesus falou muito aos judeus, indicando que a Lei não os aperfeiçoou espiritualmente e que a tradição ofuscou muito a essência dos ensinamentos da Lei.

Por ter Jesus nascido sob a lei (Gálatas 4.4) vemos, nos Evangelhos, muitas vezes Jesus ordenando que se cumprisse o que determinou Moisés e mais algumas retratações da lei, na antiga aliança.

Dessa forma, podemos observar muitas passagens que devem ser entendidas como período de transição entre o AT e NT, que muitos confundem com NT. Por exemplo:

Em Lc 1.15 o anjo Gabriel consagra João Batista ao nazireado, conforme Nm 6.3.

Em Lucas 2.21 Jesus é circuncidado obedecendo o disposto em Levítico 12.3;

Em Lucas 2.22 Maria se purifica conforme estabelecido em Levítico 12.4;

Em Lucas 2.23 os pais de Jesus oferecem o sacrifício prescrito em Levítico 12.6-8;

Em Mateus 8.4 Jesus manda um leproso fazer o sacrifício prescrito em Levítico 14;

Em Lucas 19.8 Zaqueu se submete duplamente à pena estabelecida em Êxodo 22.9;

Em Mateus 17.24 Jesus paga o imposto estipulado em Êxodo 30.11-16

Em Mateus 26.17 Jesus e os discípulos cumprem o requerido em Êxodo 12.1-27.

Vemos então que enquanto Jesus vivia, a Lei Mosaica estava em vigor. Como entender Mt 8.4, onde Jesus ordena a apresentação de um sacrifício de animal ao que havia sido curado de lepra? É necessário que façamos isto hoje? Evidentemente que não. Da mesma forma, quando, em Mt 23.23, Jesus ordena aos fariseus que dessem o dízimo do cominho, da hortelã e do endro, devemos entender que eles estavam debaixo da mesma aliança mosaica que obrigou o leproso a cumprir o ritual de Levítico 14.

O Novo Testamento (Nova Aliança, Novo Pacto, Novo Compromisso) começa com a morte de Jesus Cristo na Cruz do Calvário; quando o véu se rasgou. Antes do sangue de Jesus Cristo ser derramado na cruz, o pacto vigente era o Antigo Testamento. Jesus em seu ministério antes da cruz, mostrou ao povo a necessidade de um melhor pacto com Deus. Demonstrou ao jovem rico que guardar a lei não o aperfeiçoou espiritualmente; demonstrou aos fariseus e escribas que dizimar não os aperfeiçoou espiritualmente; demonstrou às autoridades religiosas a sua cegueira espiritual.

Cumprir uma tarefa significa concluir uma tarefa. A Lei foi cumprida por Cristo. A Lei apontava para Cristo, serviu de aio (condutor) até o Messias. Chegado o Messias, a lei já não tem mais função. Mas o Novo Testamento só pôde ter início com a morte de Jesus Cristo na cruz.

Marcos 14:24 “E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por muitos é derramado.”

Faço um questionamento para aqueles irmãos que dizimam porque entendem ser um mandamento válido para o cristão: Qual dos cinco dízimos que aparecem na Bíblia é entregue hoje nas igrejas? 1 – O dízimo de Abraão – Gênesis 14:17-20 2 – O dízimo do rei – 1Samuel 8:11-17 3 – O dízimo dos levitas – Números 18:21-24 4 – O dízimo das festas – Deuteronômio 14:22-27 5 – O dízimo dos pobres – Deuteronômio 14:28-29 Estes são dízimos bíblicos. Se o que tu praticas não for nenhum destes, não é um dízimo bíblico.

O DÍZIMO É BÍBLICO, MAS NÃO É MANDAMENTO PARA O CRISTÃO. Deus faz alianças. Fez uma com Noé. Fez outra com Abraão. Fez outra com o povo de Israel no Sinai. Fez conosco (gentios), por Jesus Cristo. A aliança com Abraão não tinha como mandamento o dízimo, mas sim a circuncisão. O dízimo dado a Melquisedeque foi voluntário. Além de voluntário, foi dado uma única vez. Além de voluntário e dado uma só vez, foi a partir de despojos de guerra. Além de tudo isso, os outros 90% Abraão devolveu ao rei de Sodoma. O QUE TEM ESSE DÍZIMO A VER COM O QUE SE DÁ TODO MÊS NAS IGREJAS? A aliança que Deus fez com ISRAEL no Sinai tinha como ordenança a prática de dizimar. Era a base de sustento do sacerdócio levítico e também promovia a justiça social (Deuteronômio 14:23-29). Peço atenção especial ao último versículo deste texto indicado. A promessa de prosperidade estava CONDICIONADA ao fato de o dizimista abençoar a vida do pobre e do deserdado. Era a condição para a bênção divina. Apenas os LEVITAS e os POBRES tinham autoridade para receber dízimos. MAIS NINGUÉM, nem os sacerdotes. O QUE TEM ESSE DÍZIMO A VER COM O QUE SE DÁ TODO MÊS NAS IGREJAS? Malaquias foi escrito dentro do contexto do Pacto do Sinai. É o último livro do Velho Testamento. Quem quiser realmente compreender o texto de Malaquias deve ler Neemias e Esdras, seus contemporâneos. Em Neemias encontra-se muito mais sobre dízimo do que em Malaquias.

Havia turmas de sacerdotes e levitas que serviam no templo. Cada turma ficava uma semana no templo. Os dizimistas entregavam dízimo aos levitas e esses, por sua vez, separavam o dízimo dos dízimos (que tinha que ser a melhor parte dos dízimos recebidos por eles) e levavam a uma câmara do templo, chamada casa do tesouro, onde eram depositados os mantimentos (alimentos) para o sustento da turma da semana no serviço do templo. Acontece que os levitas não entregavam o melhor muitas vezes. E os sacerdotes não queimavam a melhor parte das ofertas que eles recebiam, conforme a lei e ainda roubavam alimentos. Havia, desta forma, grande desleixo e irresponsabilidade.

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro” foi escrito para os levitas, pois a eles somente cabia levar dízimos a essa câmara (Neemias 10:38). DEUS NUNCA MANDOU O DIZIMISTA TRAZER DÍZIMO À CASA DO TESOURO. E, como vimos, a casa do tesouro não era o templo, muito menos é hoje o prédio da congregação, mas um depósito apenas. O QUE TEM ESSE DÍZIMO A VER COM O QUE SE DÁ TODO MÊS NAS IGREJAS? Quem teria a autoridade espiritual de receber dízimo hoje? A viúva, o órfão e o estrangeiro (Deuteronômio 14:28-29) – o pobre recebia dízimo no Antigo Testamento. Hoje, quem tem pouco ainda é obrigado a tirar 10% pois senão estará “roubando de Deus”. Que covardia! Que infâmia! Na ausência do templo e do serviço levítico no templo, resta hoje apenas a outra categoria de pessoas com autoridade para receber dízimos: o órfão, a viúva e o estrangeiro (ou seja, os pobres e necessitados).

Dízimo é para pagar contas?

Por que uma igreja não sobreviveria hoje somente com ofertas? Por que alguns entendem que oferta é necessariamente menos do que 10% da renda mensal?

Vimos em Atos que as ofertas podem ser muito mais do que 10%, quando os membros da igreja têm compromisso com missões e caridade.

Mas o dízimo era, no passado, usado para construção, reforma e aquisições para o templo? Não, pois não se tratava de dinheiro, mas de alimentos para o levita, o órfão, a viúva e o estrangeiro peregrino (Deuteronômio 14:28-29). A promessa de bênção ao dizimista veterotestamentário estava diretamente relacionada ao versículo 29. Basta conferir na sua Bíblia. Mas, então, como o templo foi construído e mantida a sua estrutura? De onde vinham os recursos para a construção? Resposta – Da mesma fonte dos recursos da construção do tabernáculo, em Êxodo: das ofertas voluntárias.

Muitos confundem dízimo com primícias e ofertas. São coisas diferentes na Bíblia. “Honra ao Senhor com as primícias de tua renda” não se referia ao dízimo. A viúva que depositou duas moedinhas na arca do tesouro, e que recebeu elogio de Jesus, estava ofertando e não dizimando. Ofertas podiam ser em dinheiro, dízimo, porém, apenas em alimentos.

Se numa aliança menos perfeita, os dízimos eram para o sustento dos deserdados, dos pobres e dos necessitados, hoje, em uma aliança melhor, teriam uma destinação menos nobre? O OBJETIVO DA PROSPERIDADE – Muitos interpretam erroneamente a frase “abrir as janelas do céu” (ver o significado em Gênesis 7:11 e 8:2) como uma promessa de Deus para a vida financeira. De certa forma era, pois a chuva dava ao agricultor e ao pecuarista judeus uma boa expectativa com relação à sua produção rural. Mas tudo dentro do contexto correto. A observância do dízimo, pela justiça social que o mesmo produzia, era a garantia de prosperidade para o povo de uma maneira geral, pois a terra produziria abundantemente. Observe atentamente que a promessa era diretamente relacionada ao cuidado com os pobres (Deuteronômio 14:29). Podemos afirmar que era a condição para a bênção.

Só seria abençoado se abençoasse os pobres. PROMESSAS -> O justo será abençoado com saúde, prosperará e terá galardão mediante o auxílio amoroso e sincero ao pobre e ao necessitado. SALMO 41:1-3 / ÊXODO 22:21-25 / PROVÉRBIOS 19:17 / PROVÉRBIOS 22:9LUCAS 14:12-14 / 2CORÍNTIOS 9:9 / MATEUS 25:34-40 EXORTAÇÕES -> Deus exorta àqueles que O amam a cuidar do pobre e do aflito. DEUTERONÔMIO 15:4-11 / DEUTERONÔMIO 24:14-15 / PROVÉRBIOS 14:31 / TIAGO 1:27 JUÍZOS -> Consequências para os que desprezam ou maltratam os desamparados. JÓ 20:15-21 / PROVÉRBIOS 21:13 / PROVÉRBIOS 28:27 / MATEUS 25:41-46 / TIAGO 4:3 A segunda parte do pacto com Abraão ordena: “Sê tu uma bênção” (Gênesis 12:2). Em Mateus 22:35-38, o Senhor Jesus compara o mandamento de amar a Deus com o de amar ao próximo. Essa lição é reafirmada em Mateus 25:31-34 quando o Senhor diz que quem cuida do necessitado e do aflito honra ao próprio Senhor Jesus.

Quando surgiu o dízimo na igreja cristã? Você sabia que o dízimo foi cobrado pela igreja só depois de 500 anos da partida de Jesus? Foi introduzido, embora com pouco êxito inicial, no Concílio local de Mâcon, no ano 585. Apenas uns duzentos anos após isso é que ganhou força, passando a ser considerado tributo obrigatório à Igreja Católica (por Carlos Magno, de 777 d.C).

Portanto, para aceitarmos a prática do dízimo, principalmente com o grande desvio de finalidade como vemos hoje, teremos que desprezar o estudo da Bíblia e também a história da Igreja, incluindo os apóstolos e os líderes dos primeiros séculos da história do Cristianismo.

“Os que possuem alguma coisa e queiram, cada um conforme sua livre vontade, dão o que bem lhes parece, e o que foi recolhido se entrega ao presidente. Ele o distribui a órfãos e viúvas, aos que por necessidade ou outra causa estão necessitados, aos que estão nas prisões, aos forasteiros de passagem, numa palavra, ele se torna o provedor de todos os que se encontram em necessidade.” (JUSTINO MÁRTIR, 100 A 165 d.C.). Atos 15:5-11. (dízimo, além de nunca ser dinheiro, é Lei Mosaica).

2Coríntios 9:7. (se pré-estipular não é conforme propõe no coração, nem é livremente, nem é sem constrangimento, mas por “medo de estar roubando a Deus” e por “medo do devorador”).

Hebreus 7:11-22 (dízimo era base de sustento do sacerdócio levítico e este falhou miseravelmente). Hoje, infelizmente, a religiosidade desviou a sua finalidade inicial, sendo recolhido e aplicado para fins diversos. Além disto, restaurou-se em boa medida a força da Lei e suas maldições, numa clara afronta à Graça. Também é utilizado dentro do âmbito da famigerada teologia da prosperidade, servindo para introduzir sementes de ganância e egoísmo no meio da congregação dos crentes. Fiquemos, pois, com a simplicidade do Evangelho, nas palavras de Tiago 1:27: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo”. Amém.

CONCLUSÃO

1) Malaquias não foi dirigido aos cristãos, mas aos judeus. Era um texto completamente da LEI. A Lei Mosaica não está em vigor para nós, cristãos, pois foi cumprida por Jesus. Hoje estamos sob a Graça.

ATOS 15 – nesse capítulo vemos os judeus cristãos ensinarem aos gentios cristãos que estes deveriam guardar a Lei. Os apóstolos, ao saberem disso, repreenderam aqueles que estavam ensinando a Lei, pois não era essa um pacto entre Deus e os cristãos, mas entre Deus e Israel.

É por isso que não guardamos mais o sábado, nem nos circuncidamos, nem cumprimos mais os outros 613 preceitos da Lei. Só o dízimo perdurou.

2) O apóstolo Paulo diz: “Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las” (Gálatas 3:10). Nesse caso, quem entrega o dízimo e não cumpre todos os 613 mandamentos da Lei de Moisés está recebendo maldição, em vez da bênção propalada pelos pastores e líderes malaquianos. Leiam todo o Livro de Gálatas e atentem bem nos ensinos de Paulo.

3) As igrejas que exigem dízimos e ofertas elevadas, mesmo sendo o dizimista e o ofertante muito pobres são muitas vezes dirigidas por pastores sem um curso teológico, com má interpretação do fundamento e finalidade dos dízimos e das ofertas. Outros se deixam levar pela tradição ou pelo medo de a arrecadação diminua, tornando a Igreja sem recursos. Isso não está certo, pois Deus tocará os corações dos ofertantes e a igreja sempre estará funcionando e sendo vitoriosa.

4). Jesus defendeu a entrega dos dízimos pelos fariseus, pois Ele veio para as ovelhas perdidas da Casa de Israel e estava cumprindo toda a Lei. Mas a Igreja vive na GRAÇA, conforme nos ensina Paulo, a quem o Senhor entregou o apostolado dos gentios. DÍZIMO COMO ORDENANÇA É PRECEITO UNICAMENTE MOSAICO, E QUEM PROCURA JUSTIFICAR-SE PELA OBSERVÂNCIA DA LEI ESTÁ:

Tornando sem valor a morte de Cristo (Gálatas 2:21)

Vivendo na carne e não no Espírito (Gálatas 3:2,3)

Colocando-se debaixo da maldição (Gálatas 3:10)

Metendo-se debaixo de jugo (Gálatas 5:1; Atos 15:10)

Separando-se de Cristo e caindo da Graça de Deus (Gálatas 5:4)

Pondo-se debaixo do ministério da morte e da condenação (II Coríntios 3:7-9) OBSERVAÇÃO IMPORTANTÍSSIMA – Após esse estudo, talvez a tua visão sobre o objetivo do dízimo tenha sido tremendamente modificada. Tenhas muita sabedoria ao conversar com alguém sobre esse assunto, pois a nossa liberdade não pode servir de escândalo ao irmão. E que fique bem claro que as ofertas são um ensinamento cristão e são muito úteis para a promoção do Reino de Deus. Oferte com generosidade e muita alegria no coração, pois é mesmo um privilégio.

sábado, 23 de julho de 2011

Dízimo… Dízimo… Dízimos…

Existem algumas práticas do judaísmo, que foram tiradas de elementos da cultura da época e separada ou adaptada para uso judaíco e, portanto, bem anteriores a lei de Moisés. A pascoa, que era uma festa entre os pastores nômades que comemoravam a entrada da primavera, e Deus descreveu o sacrifício do cordeiro e tornou uma festa particular - a páscoa do Senhor (Gn 12:11 ). Outra prática anterior a lei de Moisés está a prática de dizimar a uma autoridade representante da divindade. E Deus descreveu as regras, os objetivos e o uso dos dízimos na lei para o povo de Israel. Nesta postagem pretende-se fazer uma reflexão sobre uma destas práticas, o dízimo.

Discordo de quem afirma que o dízimo não pode ser dado para quem vive sobre a graça de Jesus. O cristão hoje é livre, se ele quiser dizimar o faz de por gratidão e não por obediência a lei. No Antigo testamento havia uma obrigatoriedade para com a lei, hoje há uma voluntariedade como era na era anterior a lei.

A prática de dizimar é bem mais antiga que a própria Lei. Em Gênesis 14.18-20: Abraão deu o dízimo dos despojos da guerra ao Rei Melquisedeque, sacerdote do Deus altíssimo. Isto aconteceu aproximadamente quinhentos anos antes da promulgação da lei ao povo hebreu. Jacó ao fugir de Esau, fez um voto ao Senhor, pedindo proteção e benção em sua viagem, dizendo que ao voltar daria ao Senhor o dízimo de tudo quanto tivesse ganhado. (Gn 28.20-22). Em ambos os acontecimentos, não havia uma lei que ordenava a Abraão ou a Jacó a darem o dízimo. Eles fizeram voluntariamente. Abraão por gratidão a Deus, pois sabia que o Senhor estava no controle de tudo e sua vitória foi concedida por Ele. Jacó em retribuição as bênçãos recebidas. Não há relatos que Isaque, José ou seus irmãos dizimaram a alguém.

Apesar dos líderes (pastores, bispos, apóstolos, patriarcas, etc...) citarem excessivamente o antigo testamento para defender a obrigatoriedade do dízimo, mesmo se dizendo levitas, não estão dispostos a pagar o preço de ser levita. Pois os levitas não podiam ter posses ou herança. “Disse também o Senhor a Arão: Na sua terra, herança nenhuma terás e, no meio deles, nenhuma porção terás. Eu sou a tua porção e a tua herança no meio dos filhos de Israel.” (Nm 18.20). Os Dízimos hoje são cobrados para os líderes manterem a pompa. Carros de luxo, coberturas, prédios suntuosos etc... O Dízimo na lei de Moisés era destinado a prover as necessidades básicas dos levitas. ”Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação. E nunca mais os filhos de Israel se chegarão à tenda da congregação, para que não levem sobre si o pecado e morram. Mas os levitas farão o serviço da tenda da congregação e responderão por suas faltas; estatuto perpétuo é este para todas as vossas gerações. E não terão eles nenhuma herança no meio dos filhos de Israel. Porque os dízimos dos filhos de Israel, que apresentam ao Senhor em oferta, dei-os por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel, nenhuma herança tereis.” (Nm 18.21-25) Veja também II Cr 31.13-19

Os dízimos também tinha como finalidade a beneficência aos estrangeiros, órfãos e as viúvas. “Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão, para que o Senhor, teu Deus, te abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem.” (Dt 14.29). Atualmente as “igrejas“ fazem o culto do quilo (cada membro traz um quilo de algum alimento), ou arrecadam alimentos na comunidade para fazer cestas básicas para darem aos mais necessitados da congregação. Tocar no dízimo para este fim é fora de cogitação, mesmo sendo bíblico.

Atualmente os dízimos estão sendo direcionados para os proprietários das denominações, ou para a oligarquia religiosa que as comandam. Portanto os dízimos no antigo testamento estavam destinados a suprirem os levitas, não eram usados para construção do tabernáculo ou do templo. O dízimo não era dinheiro, nem ouro e nem prata. Lendo Dt 14.24-27, isso fica bem claro.

Hoje vivemos na dispensação da graça, houve mudança na ordem sacerdotal e da lei. Na epístola aos hebreus, a palavra assevera que a lei de recolher o dízimo do povo foram dada aos sacerdotes filho de Levi e que este sacerdócio tem uma ordem. “Ora, os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm mandamento de recolher, de acordo com a lei, os dízimos do povo, ou seja, dos seus irmãos, embora tenham estes descendido de Abraão.”(Hb 7.5)

7Evidentemente, é fora de qualquer dúvida que o inferior é abençoado pelo superior. 8Aliás, aqui são homens mortais os que recebem dízimos, porém ali, aquele de quem se testifica que vive. 9E, por assim dizer, também Levi, que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. 10Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste 11Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico (pois nele baseado o povo recebeu a lei), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão? 12Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei.. “(Hb 7.7-12)

O texto acima deixa claro que os sacerdotes Levíticos recebiam os dízimos segundo a lei (v 5), Porque através deles (sacerdotes Levíticos) o povo recebeu a lei (v 7) e mudando-se o sacerdócio, a lei precisa também ser mudada (v.12). Deus enviou outro sacerdote porque o sacerdócio levítico não era perfeito (v11). Toda a lei de Moisés foi abolida por Jesus, inclusive o dízimo. Os líderes religiosos atuais não são da ordem levítica, e as regras para o dízimo fora direcionada especificamente aos filhos de Levi, aos que receberam o sacerdócio do Senhor Deus. E Jesus afirmou que a lei e os profetas duraram até João (Lucas 16.16). Mudou o sacerdócio e a lei, inclusive a obrigatoriedade do dízimo.

Além do texto de hebreus, existem mais duas referências ao dízimo no novo testamento. Vejamos: Em (Mt 23.23 e Lc 11.42) Jesus censurou os escribas e fariseus, dizendo-lhes: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas! 24Guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo!

Esta é a única passagem no novo testamento que os defensores da obrigatoriedade do dízimo usam em defesa de sua teoria. Mas Jesus está afirmando que a justiça, a bondade e a honestidade são mais importantes que o dizimar. Afirmam que embora dizendo que o dízimo é menos importante que a justiça, a misericórdia e a fé, ele recomendou a manutenção dessa ordenança da lei, dizendo: “devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!”. A razão de Jesus ter afirmado isso é que naquele momento Ele estava cumprindo a lei. O fim da lei é Cristo (Rm. 10:4). Portanto, Jesus ainda não tinha sido crucificado. A nova dispensação não se iniciou com o Seu nascimento, mas na Sua morte (Gl 3.22-25 e 4.4, 5). O sinal foi o véu do templo rasgado de alto a baixo. Naquele momento toda a ordenança da lei de Moises foi encerrada, iniciado a nova aliança pelo Seu sacrifício.

Jesus disse: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.”( Mt 5.17 e 18). E Jesus cumpriu a todo o cerimonial da lei conforme (Lc 2.22-39). O apóstolo Paulo afirma que se a justiça provem da lei,  segue-se que Cristo morreu em vão (Gl 2.21).

Jesus disse: “Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos  céus.” (Mt 5.20). Foi exatamente para os escribas e fariseus que Jesus ordenou que cumprissem a lei de Moisés, a qual ordenava o dízimo. (Mt 23:23) Na nova aliança não precisamos voltar a ritual da lei Mosaica, não somos judaizantes ou uma seíta do judaísmo, não somos remendo novo em pano velho. O cristianismo é vinho novo e não pode se colocado em odres velhos..

O mais interessante é que atualmente quando as instituições que usam esta passagem como base para defender a obrigatoriedade dos dízimos vão escolher seus líderes, eles consideram o primeiro critério ser dizimista. E se o dízimo for alto ai então não precisa nem provar ser honesto e justo.

A Outra passagem neotestamentária que se refere a dízimo está na parábola do fariseu e do publicano (Lc 18.9-14), ”Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado”.

Jesus colocou outra vez o dízimo, e outros rituais da lei como coisa menos importante. Suplicar a misericórdia do Senhor é superior a ser dizimista fiel. Quanta semelhança com os nossos dias em que o dízimo esta se transformando em instrumento de troca com Deus! Colocam até Deus na parede exigindo a benção em troca dos dízimos dado. O apóstolo Pedro adverte sobre este nosso tempo em II Pedro 2.1-4.

Em algumas instituições religiosas é vetado ao líder dizimar no local onde administra. Porque o líder não pode administrar seu próprio dízimo. Vejamos o texto: “Quando o caminho te for comprido demais, que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que o Senhor, teu Deus, escolher para ali pôr o seu nome, quando o Senhor, teu Deus, te tiver abençoado, então, vende-os, e leva o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que o Senhor, teu Deus, escolher. Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa; porém não desampararás o levita que está dentro da tua cidade, pois não tem parte nem herança contigo..”  (Dt 14.24-27).

Impossibilitado de dar o dízimo, O Senhor instruiu, que o seu dízimo deveria ser vendido, e o dinheiro colado na tua mão, (não na mão do levita, nem do pastor) e comprar o que tua alma desejar, no local onde o Senhor escolher para ali por o seu nome. Aqui está um caso em que o Senhor ordena a administrar seu dízimo. Além de não desamparar o homem de Deus que está na tua cidade.

Não estamos mais debaixo da obrigatoriedade da lei, e não também devemos nos submeter a escravidão institucional. Se você conhece um obreiro, e sabe que ele é homem de Deus, e o Espírito de Deus te tocar, você pode dar tua oferta, dízimo ou contribuição para salário dele. Como Abraão dizimou a Melquisedeque no período anterior a lei. Isso é melhor do que você dar dinheiro para uma “igreja” que está contribuindo para outro cristianismo, um pseudo cristianismo que defende o aborto como planejamento familiar e usa seu dízimo para comprar rádio ou televisão a serviço do anticristianismo.

Você quer contribuir para o reino de Deus ou reino do Diabo?. Os lobos devoradores afirmam que não se deve procurar saber o que estão fazendo com os dízimos. O dever do mebro é dar, o deles e administrar. “Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos “(Ap 18.4)

As instituições religiosas de hoje ensinam: a usar o dízimo como instrumento de barganha; como fundo de investimento da fé; como intermediário entre a benção e Deus, ou como porção repelente do devorador. Não tendo base bíblica no novo testamento apelam para o antigo testamento, um dos textos mais usados é Malaquias 3:10. No entanto se meditarmos nos livros de II Cr 31.5-12 e Ne 12.44-47 vamos encontrar a resposta porque Deus mandou Malaquias levar o dízimo a casa do tesouro. Lá você encontra que tipo de mantimentos são esses. Em Atos dos apóstolos 7.48 e 17.24 a Palavra afirma que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Quando Jesus ordenou os discípulos a pregar, ele falou:” Nada leveis para o caminho: nem bordão, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; nem deveis ter duas túnicas”( Lc 9:3)

Os dízimos não são obrigatórios na graça, mas quem quer usar a lei para o tornar obrigatório também tem cumprir o que a lei determina. Se alguém quiser dizimar hoje, o faz por adoração a Deus. Voluntarimente, sem pressão institucional como era anterior a lei.

"Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam" (Sl 24.1). Você é apenas um mordomo, tudo é do Senhor e não apenas 10%. Deus requer muito mais que o dízimo, Ele quer sua vida, suas atitudes.

Como participantes de uma alian­ça superior, temos sido contemplados com maiores bênçãos. O crente na atual dispensação é levado a contribuir constran­gido pela lei do amor e da gratidão, por estar recebendo maiores bênçãos de Deus (SI 103.1,2). E independente de dízimos, no novo testamento encontramos base para contribuir para o sustento renumerado de obreiros que dão tempo integral à obra de Deus. Sem o profissionalismo religioso. Vejam-se os exemplos: Paulo recebeu salário de determinadas igrejas para servir aos crentes em Corinto (2 Co 11.8); O pastor que emprega tempo integral na assistência à igreja é digno do seu salário (1 Tm 5.18); Paulo ensinou à igreja de Corinto a sustentar os pregadores do Evangelho (1 Co 9.4-14); Timóteo foi advertido por Paulo a não cuidar dos negócios seculares para se sustentar (2 Tm 2.4); Pedro disse que a única ocupação dele e de seus companheiros de ministério era a oração e a pregação (At 6.4); Os apóstolos de Jesus viviam das ofertas que recebiam. Em João 12.6 lemos que existia uma bolsa onde eram depositadas as contribuições para o sustento dos discípulos, e Judas fazia as com­pras com o dinheiro aí depositado (Jo 13.29).

O dízimo é bíblico e está na lei. Mas também  é bíblico: “A circuncisão (Gn 17.23 a 27);  o sacrifício de animais. (Lv  6.8-13); o apedrejar  adúlteros (Lv 20.10 e Dt 22.22); a guarda do sábado (Lv 23.3) e outros preceitos. É bíblico, mas para quem vivia sob a lei. Você cumpre todas estas ordenanças na graça? Porque só os dízimos? Pense nisso.

Marcos Avelino.

sábado, 16 de julho de 2011

FORMAÇÃO DE LÍDERES CRISTÃOS

Há aproximadamente três anos atrás, Eu e Minha esposa fomos convidados a participar de um café da manhã na Igreja presbiteriana de Fortaleza para a apresentação de um projeto da LIDERE que foi desenvolvido pela organização EQUIP, de John C. Maxwell. No local encontrei boa parte dos líderes das maiores denominações evangélicas do Ceará. Após o delicioso café da manhã, nos foi apresentado um vídeo em que alguns líderes, ícones do evangelho brasileiro, falavam sobre o assunto e apresentavam o projeto para capacitação de 1 (um ) milhão de líderes cristãos para o Brasil.

Após o vídeo, os lideres (pastores presidentes) do nosso estado tiveram oportunidade para comentários. Em um desses comentários Deus me falou profundamente. Quando o Pr. Teixeira Rego, pastor presidente da AD Bela Vista, glosou que alguns meses atrás, ele tinha sido procurado por três pastores ingleses. Estes pastores estavam procurando saber a fórmula para o avivamento que o Brasil estava passando para tentarem implantar na Inglaterra. Lá em seu país o movimento era o inverso, no local onde existiam igrejas, estavam agora casas de show, teatros, etc... Naquele momento veio em minha memória a história da igreja americana de onde surgia o movimento de Maxwell.

Os líderes cristãos não precisam de laboratório para serem fabricados, eles são formados no ardor das batalhas, através de experiência com Deus. A matéria prima para os líderes cristãos são forjadas na sua comunidade, na igreja, onde a visão e as qualidades básicas do caráter cristão são formados. Este preparo vem muito antes de uma faculdade ou formação teológica. Nenhum treinamento para liderança por mais excelente que seja pode substituir esta dimensão do preparo do caráter através da caminhada. Este também é o modelo bíblico da prática de Jesus e dos apóstolos. O Senhor mesmo o prova, e o escolhe conforme Efésios 4:11 e I Tessalonicenses 2:4.

Outro ponto a salientar e que os líderes cristãos são chamados a servir e não para liderar conforme Marcos 10:42-45. Este modelo americanizado de liderança cristã está mais relacionado a formar gerentes para tirar do máximo do cristianismo moderno que proclama outro evangelho. Aliás, o pragmatismo do neocristianismo está transformando pastor em gerente. Nasce o obreiro profissional que procuram acima de tudo o sucesso, um status religioso.

Penso que para ser líder cristãos tem que seguir a Jesus. E Jesus disse: ”aquele que quer vir após mim renuncie a si mesmo tome a sua cruz e siga-me”. Isso requer ”renuncia de valores seculares para vivenciar os valores do reino”. Tomar a cruz e seguir o Mestre requer uma mudança de visão ministerial e pagar o preço para pôr em prática em benefício daqueles que seguem a Cristo. Estas mudanças de visão ministerial requerem mudanças radicais no cristianismo que vivemos hoje. Teremos um ministério que: enfrente a tradição; que redefine conceitos; derrube o pietismo e cheio de amor e contra a autoridade.

Porque seguimos a Jesus e não a Buda? a Confuncio? a Maomé? Sem duvida o seguimos porque Ele é o filho de Deus, comportou - se como o filho de Deus e viveu como filho de Deus etc... Ele vivenciou sua identidade. O cristão perdeu sua identidade de ser semelhante a Cristo, quando não vive o que prega, quando são levados por ensinamentos nocivos ao cristianismo. O cristão perde sua autoridade quando seus atos não condizem com o cristianismo bíblico. O cristianismo perdeu a credibilidade por falta de testemunho cristão.

O modelo de liderança neopentecostal não tem exemplos de solidariedade. Se a pessoa está doente, em vez de ajudar com remédios ou com cuidados fazem apenas uma oração expulsando o demônio da doença. Se a pessoa está passando provação de pão é porque não está dando o seu tudo para igreja ou não fez a corrente da prosperidade. Em vez de ajudar com pão se faz uma oração repreendendo o devorador e pronto! É o cristianismo que proclama: te vira com teu Deus, se você não tiver bem a culpa é sua, não temos nada a ver com isso.

Jesus deu exemplo de solidariedade em várias passagens do novo testamento. Hoje a igreja evangélica quase não tem modelos de solidariedade, há um individualismo e ainda há mais solidariedade entre os membros do que entre os líderes.

A solidariedade é objeto de aferição de Cristo para separar salvos e perdidos na sua volta (Mt 25:31-46). A solidariedade é parte integrante da verdadeira fé e salvação (vv 35-46), pois ela é um sinal exterior da presença de Cristo no coração de quem sinceramente crer nEle. Fomos nascidos em Cristo Jesus para boas obras. (Ef 2:10 ). Ninguém pode ganhar a salvação mediante seus esforços ou obra. Somos salvos pela a graça mediante a fé (Ef 2:8 ), mas são as obras que mostram nossa fé(Tg 2:17).

Um dos líderes da igreja de Jerusalém escreveu “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não faz, nisso está pecando ( Tg 4:17).

O Criador nos deu de seu Espírito e também autoridade para criar e transformar o caos da vida. Quando vivemos dentro da ética perene de Deus, abrimos caminhos para criar vida, paz, amor, etc... Deus nos usa, quando estamos acima de qualquer legalismo e dentro de seus princípios. A grande tarefa nossa como discípulo de Cristo e líder cristão é “fazer Cristo conhecido através de nossa vida”. Esta tarefa requer que vivamos diante de uma ética de vida que sirva de modelo para os outros. Somos luz e sal, devemos nos submeter a Cristo em todas as áreas da vida. Quando fazemos parte de uma liderança devemos buscar a excelência no cumprimento desta tarefa e refletir constantemente no nosso comportamento. Podemos negar Cristo com nossos atos e fazer com que pessoas que nos têm como exemplo repitam nossos erros. Se nos tornamos líderes gerentes sem o preparo do caráter, em breve estaremos desacreditados pelos escândalos e vivendo um cristianismo sem cristo e sem cruz. As Igrejas fechando por falta de credibilidade do que professa. Pense nisto.

Até próxima semana – Marcos Avelino

sábado, 9 de julho de 2011

CRISTIANISMO E DISCIPULADO

Semana passada estive visitando duas grandes congregações da AD de ministérios diferentes e para minha surpresa em ambas ouvi sermões já pregados pelo Pr. Ricardo Gondim. Por mais esquisitas que sejam suas declarações hoje, e por mais queimado que esteja na blogosfera cristã, venhamos e convenhamos este homem influenciou a maneira de pensar de uma geração de evangélicos. Ele deixou um legado com seus escritos e com sua maneira de ver o cristianismo brasileiro. Deixou muitos admiradores e discípulos.

Entre os que influenciaram grandemente a minha cosmovisão cristã através de seus escritos ou pregações, além do Ricardo Gondim posso citar: John Stott; Dr. Russel Shedd; Rev. Caio Fábio e Pr. Carlos Queiroz da Igreja de Cristo. Entre os meus professores de teologia os que tiveram mais influenciaram minha visão cristã posso citar: Miss. Norma Boucinha; Gedeon Freire (Atual reitor do ICEC em São Paulo) e Pr. Paulo Palhano (Pr. Presidente da igreja Cristã Apostólica).

Mais entre os que realmente foram meus verdadeiros discipuladores nos caminho de Cristo posso citar Pr. Mardes Pereira, que duas vezes por semana me instruía acerca da palavra na sua residência na Avenida Visconde do Rio Branco e o Pb. Adalberto, meu pastor na antiga congregação Betesda do Beira Rio. Foi ele quem celebrou meu casamento e que me ensinou lições de vida através de atitudes cristã.

Atualmente este referencial de fazer discípulo está imêmore. Estão mais interessados em gerenciar robôs do que formar mentalidade cristã. O ensino bíblico está esquecido pelas instituições eclesiásticas. Tudo que requer profundidade, pesquisa e relacionamento com Deus não tem espaço na sociedade religiosa superficial hodierna. O discipulado é esquecido pelas tendências da administração eclesiástica atual porque produzem resultados a médio e longo prazo e a igreja tem que ter respostas simplistas e mecânicas, frases mágicas para atender as necessidades imediatas de sua clientela.

O discipulador deve ter um forte relacionamento com discípulo e um compromisso com a ordem do Senhor: Ide fazei discípulos. Os cristãos de hoje não tem compromisso nenhum com a denominação ou com seus líderes. Tem casos em que o membro nunca falou com seu “pastor”. O pastor é o gerente da igreja que age de maneira pragmática, estão ocupados demais em busca de novo modismo para atender a clientela.

Platão com 20 anos de idade tornou-se discípulo de Sócrates. O acompanhou até a sua morte. Jesus aos trinta anos começou seu ministério e seus discípulos o acompanharam até próximo a sua morte aos trinta e três anos.

O cristianismo para manter sua substância e manter suas premissas tem que rever seus princípios sobre discipulado. E uma questão de preservação e sobrevivência. Está se delineando um pseudo cristianismo com outro evangelho que não é o evangelho do Senhor Jesus Cristo. E as denominações serão apenas empresas religiosas.

O reino de Deus não se realiza automaticamente, mas através da igreja que o implementa na vida cotidiana. O discipulado leva os membros a desenvolverem o seu potencial cristão dentro do reino de Deus e torna a igreja mais influente e participante. O discipulado é a maior ferramenta para uma estratégia de expansão do cristianismo e da preservação de seus conteúdos.

Grande dificuldade da expansão cristã

Há um grande fervor escatológico em nossos dias. Tsunamis, terremotos ciclones, depravação moral e cultural. A sociedade agoniza diante de um cenário apocalíptico. E nessa efervescência, o medo e a insegurança levam as pessoas a procurar segurança na religião. As instituições religiosas estão todas com seus templos cheios, independente de ser cristão ou não.

Este é um momento propício para que um bom programa de discipulado possa influenciar um verdadeiro avivamento no nosso país.

Na época em que cursava missiologia, houve em Fortaleza, minha cidade natal um grande movimento chamado de Janela Fortaleza, quase todas as denominações existentes na cidade se uniram em prol deste evento. Veio gente do mundo inteiro para minha bela Fortaleza. O objetivo era ganhar 100.000 almas para Cristo. Ainda que alcançasse esta quota, quantos saíram das estatísticas e se tornarão cristãos? Quem foi o discipulador destas vidas?

Na minha Fortaleza as coisas acontecem como ondas. As denominações passam por um momento de uma bolha de crescimento. Depois da explosão se dividem e se esfacelam em várias ramificações. E essa divisão está ligada intrinsicamente a falta de discipulado.

A denominação que servi por nove anos passou por um processo semelhante. Começou com uma pequena missão da AD templo central, chamada de Missão Betesda que visava alcançar um segmento que a AD tradicional não estava alcançando. Começou com um pequeno espaço (4m X 12m), depois uma tenda parecida com a que a IBC usa atualmente. Então se resolveu comprar o prédio onde funcionava o café Walcan na Av. Capitão Gustavo. Era quase impossível levantar a quantia, mais através de doações conseguiram. A Igreja cresceu e precisava de obreiro para dar vasão ao crescimento tão rápido. Esse crescimento atraiu muita gente, e alguns queriam tirar proveito da situação, quando a Betesda começou a enxergar este fato, Criando o CTI, e depois o ICEC, já tinha muitos que não tinha a mesma visão, infiltrados nas suas estruturas. E começou ter alguns divisões antes mesmo dos grandes rachas atuais por questões doutrinárias.

Em 1998, decepcionado com colegas de ministério, que precisavam de discipulado para entender o que era cristianismo, deixei a Betesda. Fui para AD Tradicional. Lá eu seria mais útil. Na AD deixei discípulos.

Obreiros orientados para o resultado é o mais aceito hoje. Como escrevi em postagem anterior. Eles gerenciam a igreja, cria subordinados e conduz um pseudo crescimento em alta velocidade (é o que aconteceu com a igreja americana) Fica um vazio por falta de discipulado. Existem muitos convertidos, muitos subordinados despreparados e brigando por posição hierárquica ministerial. A igreja deixa de ser comunidade. Os membros passam apenas a ser usados pelos líderes para mostrar o desempenho ministerial. Os líderes amam as posições e usam os membros.

Estabelecer contatos mais duradouros, fazer acompanhamento pessoal, trabalhar nos relacionamentos são pontos fundamentais no discipulado e indispensáveis para que a identidade cristã sobreviva diante das pressões pós-modernas.

Após a ressurreição a ordem de Jesus ao discípulo foi: Ide fazei discípulo de todos os povos. (Mt 28:19). Ide fazei “aluno” de todos os povos

A palavra discípulo, no original significa aluno. Fazer discípulo e acompanhar, instruir e acima de tudo capacitar.

Fazer cem mil convertidos, acomodados é diferente de fazer cem mil discípulos com visão do reino e participante da obra. O cristianismo ainda não se expandiu por todo mundo, e está perdendo espaço para o islamismo e outras religiões, porque fez muitos religiosos, clientes, membros, adeptos e poucos discípulos.

De onde o cristianismo surgiu como berço missionário, hoje está quase inoperante. No lugar das suntuosas igrejas estão sendo edificados: mesquitas; casas de danças; teatros; cinemas, etc... O movimento é oposto. Não fizeram discípulos. Morrem os líderes e não tem quem o substitua.

Para concluir eu quero que você leitor faça uma reflexão: De quem você foi ou é discípulo? Quem foram os ícones do seu arcabouço de pensar cristão? Quem você esta instruindo a ser discípulo de Jesus? Quem lhe instrui biblicamente a ser discípulo de Cristo?. Ou você entre aqueles que se dizem auditadas da fé, que é ensinado por Deus?

Até breve – Marcos Avelino

domingo, 3 de julho de 2011

AS TENTAÇÕES DO CRISTIANISMO HODIERNO III

”Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhes: Se tu és o filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque está escrito: Mandarás aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem e que te sustenham nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor teu Deus. E, acabando o diabo toda tentação, ausentou-se dele por algum tempo. (Lc 4:9-13)”

JESUS FOI TENTADO A DEIXAR SE LEVAR POR TEXTOS DA PALAVRA DE FORMA MANIPULADA COM O OBJETIVO DE USAR SUA UNÇÃO PARA O SENSACIONALISMO.

O homem sempre sentiu atração pelo sobrenatural. Da idade da pedra ao homem moderno a história nos mostra este fascínio pelo sensacional. As culturas nativas sempre têm algum representante que entra em contato com um sobrenatural.

O deslumbre pelo sobrenatural ainda é o tema em alta na sociedade atual. O esoterismo está na moda. Os livros de cunhos esotéricos estão entre os mais apreciados pelo público. Anjos, duendes, cristais, etc... As pessoas buscam soluções ocultas através de fórmulas mágicas.

Esta febre pelo místico também chega aos evangélicos. Quando se fala em cristianismo pelos neopentecostais logo se refere ao sobrenatural. Existe uma babel doutrinária com relação a este fato. Hoje se crê em tudo que aparece, sem qualquer critério de avaliação da palavra. Tem-se uma onda de fenômenos sobrenaturais em certos agrupamentos “cristãos”. As vezes parece um verdadeiro zoo espiritualizado (unção do leão, unção do cachorro, unção da cobra). Outras vezes se atribui ao espírito uma verdadeira força ativa irresistível (sopros do espírito, cair no espírito, colar no espírito) e ainda outra vezes se torna folclóricos ( unção do riso, cabelos ungidos, dente de ouro, etc...). E ainda o inacreditável acontece como: unção do bilau e demarcação de território com urina.

Nem sempre o sobrenatural é manifestação de Deus.

Jesus foi tentado pelo diabo a usar sua unção para o sensacionalismo. “Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhes: Se tu és o filho de Deus, Lança-te daqui abaixo, porque está escrito: Mandarás aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem e que te sustenham nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor teu Deus. E, acabando o diabo toda tentação, ausentou-se dele por algum tempo. “(Lc 4:1-13)

O diabo levou Jesus a um contexto religioso: levo-o a Jerusalém, a cidade santa, o colocou sobre o pináculo do templo, o ponto mais alto da edificação que era o vínculo sacrificial do homem para com Deus e usou a palavra de Deus.

Jesus como filho de Deus, tinha todo o poder de pular do pináculo do templo e não acontecer nada. Mais esta atitude estava fora dos planos de Deus. Jesus certamente receberia glórias humanas.

Muitas vezes os líderes, dentro de um contexto de religiosidade, são levados ao pináculo do templo e são seduzidos a usar sua unção para o sensacionalismo. Fazerem as pessoas “caírem no poder”, sentir a “unção do riso”, ficarem “colada no Espírito” são os sensacionalismo que são usados hoje pelos chamados “profetas de Deus”, ou como alguns se autodenominam “apóstolo”.

Muitos líderes querem ver o poder de Deus em ação e não se importam como. Joga-se paletó, sopram, empurram a testa das pessoas. O sobrenatural tem que acontecer para ser um culto “pentecostal”. O sensacionalismo e as demonstrações do “poder de Deus” lotam estádios. As igrejas estão cheias de pessoas que vão à busca de experiências sensitivas. Para não perder fieis, o sensacional de algum modo tem de acontecer.

A Bíblia afirma que toda manifestação do Espírito tem um fim proveitoso (I Co 12:7). Que fim proveitoso tem a queda de uma pessoa? Que proveito tem para o corpo de Cristo uma pessoa ficar “colada no Espírito “?

O cristianismo hodierno está sem referencial, os “cristãos” modernos são atraídos por modismos, por sensacionalismo e emoções. Há um êxodo entre as denominações, e para não perder a clientela os líderes fazem de tudo e tentam acompanhar a moda gospel que está na mídia. Mas as pessoas que vivem estes dilemas espirituais terminam embaraçadas e decepcionadas.

Acredito em profecias, visões e poder de Deus. O que estou questionando nesta postagem é a onda de sensacionalismo e acontecimentos afro-cristão que estão tomando conta da igreja evangélica brasileira. Muitos cultos evangélicos estão assemelhando-se as seções de baixo espiritismo. Os espíritos que são invocados na umbanda são chamados a se manifestarem nos cultos, com o objetivo de “serem expulsos”.

No evangelho de Mateus 7:21-23, Jesus afirma: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrarás no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E , então lhes direi abertamente: Nunca vós conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”.

Muitos que profetizam, pregam ou realizam milagres em nome de Jesus estão iludidos, arrazoando que são servos de Deus mas, Ele não os conhece. Para que os cristãos modernos não sejam enganados, devem apegar-se totalmente à verdade e à justiça revelada da palavra de Deus.

“As escrituras nos ensinam que a pregação do evangelho eloqüente, um manifesto zelo pela a justiça e a operação de milagres podem ter lugar nesta era mediante a influência e o poder de Satanás. Paulo nos adverte que: ‘o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.’ Não é muito, pois, que os seus ministros se transfiguram em ‘ministros de justiça’ (II Co 11: 14,15; cf Mt 24:24). Paulo torna claro que a simulação de uma unção poderosa pode ser “operação de Satanás”(ver II Ts 2: 9,10; Ap 13: 3,12).”1

A hermenêutica manipulada é tentação para os líderes de hoje

As maiores tentações chegam quando num contexto religioso usa-se a palavra de Deus de forma distorcida e manipulada. O diabo usou a palavra de Deus de forma manipulada com o objetivo de fazer Jesus usar sua unção para o sensacionalismo. Jesus ficou firme na hermenêutica sadia e citou Dt 6:16 “Não tentarás o Senhor teu Deus”. O grande problema do cristianismo hodierno e que a avaliação de ser verdadeiro ou não está no crescimento numérico e financeiro. E para não parecer um cristianismo falso, os líderes estão preocupados demasiadamente em manter os fiéis e para isso é preciso algo de sensacional para chamar a atenção.

Os que não conseguem passar pelas tentações tentam manipular a hermenêutica para justificar suas discordâncias em relação as doutrinas essenciais da fé cristã. Como muitas vezes não encontram base bíblica, apelam dizendo ser uma “nova revelação de Deus”. Apelam até para “dados místicos”.

Geralmente os pregadores do sensacional, pensam possuir uma virtude elevada, volta-se para um misticismo doentio e revelações espirituais. Usam uma hermenêutica diferente.

A cada dia me conscientizo que se aproxima a volta do Senhor Jesus. Os últimos dias serão marcados por uma apostasia da verdadeira fé em Jesus Cristo e das revelações bíblicas (I Tm 4:1)

A Bíblia de estudo pentecostal, p. 1870, comenta: “Aparecerão na igreja pastores de grande capacidade e poderosamente ungidos por Deus. Alguns realizarão grandes coisas por Deus, e pregarão a verdade do evangelho de modo eficaz, mas se afastarão da fé e paulatinamente se voltarão para espíritos enganadores e falsas doutrinas. Por causa da unção e do zelo por Deus que tinham antes, desviarão a muitas pessoas.

Muitos crentes se desviarão da fé porque deixarão de amar a verdade (II Ts 2:10) e de resistir as tendências pecaminosas dos últimos dias(Mt 24: 5,10-12; II Tm 3:2,3 ). Por isso o evangelho liberal dos ministros e educadores modernistas encontrará poucas resistência em muitas igrejas (II Tm 3:5; 4:3...)

A popularidade dos ensinos antibíblicos vem sobretudo pela a ação de Satanás, conduzindo suas hostes numa oposição cerrada à obra de Deus. A Segunda vinda de Cristo será precedida de uma maior atividade de satanismo, espiritismo, ocultismo, possessão e engano demoníaco, no mundo e na igreja (Ef 6: 11-12)”

A bíblia sagrada afirma que todo aquele que prega outro evangelho além do que está escrito é maldito ( Gl 1: 8,9) e passará pelas pragas descritas no apocalípse (Ap 22:18).

1) A Bíblia de estudo pentecostal p. 1405, 1406

Marcos Avelino – Até a próxima.