terça-feira, 29 de julho de 2014

TODO MILAGRE VEM DE DEUS?

Quem é responsável pelos muitos milagres em nossos dias?

Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, e te der um sinal ou prodígio, E suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; Não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais o Senhor vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma.
Após o Senhor vosso Deus andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis.
E aquele profeta ou sonhador de sonhos morrerá, pois falou rebeldia contra o Senhor vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito, e vos resgatou da casa da servidão, para te apartar do caminho que te ordenou o Senhor teu Deus, para andares nele: assim tirarás o mal do meio de ti. Deuteronômio 13:1-5.

Os milagres atualmente estão se tornando tão frequentes, que já não estão produzindo temor de Deus e outras implicações que deveriam estar presentes quando Deus opera. Deus é um Deus de milagres. O evangelho traz em si a marca do milagroso e do sobrenatural. Mas será que todos os milagres provém de Deus?
O século passado foi marcado pelo racionalismo, e tudo que não pudesse ser aprovado pelo escrutínio da razão, era duvidoso. Por isso havia muitas dúvidas quanto a legitimidade dos milagres. Mas nos nossos dias pós modernos, quase todos estão abertos ao mundo sobrenatural, e com a descentralização daquilo que conhecemos como verdade absoluta, ou seja, relativização daquilo que temos como verdade, nasceu um pluralismo de opções religiosas que influenciam a espiritualidade hodierna. E atualmente vemos milagres nos diversos grupos: pentecostal, neopentecostal, esotérico, umbandistas, espiritualistas,  católicos romano, etc... Isso pode levar alguém a raciocinar: Se o milagre vem de Deus e o milagre acontece em diversos grupos com crença diferentes, então o Deus é o mesmo. Mas será que todo esses milagres vem de Deus?
A Bíblia apresenta que os milagres podem vir de algumas fontes vejamos:

a)Milagres podem vir dos poderes das trevas.
Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos. (Marcos 13:22)

A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. (II Tessalonicenses 2:9-10)

E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia. (Apocalipse 13:13-14)

Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso. (Apocalipse 16:14)

E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. (Apocalipse 19:20)

 

b)Milagres podem vir de homens iníquos usando o nome de Jesus.

¶ Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?  então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. (Mateus 7:21-23)

 

c)Milagres podem vir de homens santos usando o nome de Jesus.

Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra; Enquanto estendes a tua mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome de teu santo Filho Jesus.( Atos 4:29-30)

E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias.(Atos 9:11)

Mas eles ainda os ameaçaram mais e, não achando motivo para os castigar, deixaram-nos ir, por causa do povo; porque todos glorificavam a Deus pelo que acontecera;
Pois tinha mais de quarenta anos o homem em quem se operara aquele milagre de saúde. (Atos 4:21-22)

 E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou de contínuo com Filipe; e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito. (Atos 8:13)

¶ E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.( Atos 6:8)

 

COMO SABER SE O MILAGRE E PROVINIENTE DE DEUS OU DAS TREVAS?

Os milagres de Deus glorificam a Deus, Aquele que não divide Sua glória com ninguém. "Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura." (Isaías 42:8) Os milagres das trevas, transfere a glória de Deus para a criatura levando o povo a adorar tanto a homens como as Imagens de escultura. Assim o Diabo é adorado indiretamente.

O apóstolo Paulo afirma que "E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém." (Romanos 1:23-35)

E o Senhor fala através de Moisés dizendo:"Guardai, pois, com diligência as vossas almas, pois nenhuma figura vistes no dia em que o Senhor, em Horebe, falou convosco do meio do fogo;]Para que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou mulher;" (Deuteronômio 4:15-16)

Atualmente o que mais temos vivenciado é sinais e prodígios que glorificam a outra entidade e não a Deus, principalmente dentro do espiritualismo e das aparições do catolicismo romano.

A entidade que se faz passar por Maria nas aparições de Maria no catolicismo romano é um exemplo de como o Diabo tenta roubar a glória de Deus. Muitos sinais e prodígio acontece com essas aparições. Vejamos alguns exemplos como a aparição tenta roubar a glória de Deus:

Em Medjugorge a aparição diz ser mediadora entre os fiéis e Deus e pode converter e salvar o mundo. Também afirma que sofre pelos os pecadores(Papel exclusivo de Cristo).

Na Venezuela a aparição afirma ser mediadora e que sua mensagem traz reconciliação entre os povos e nações e a única coisa que pode salvar este século da guerra e da morte eterna (Papel de exclusivo de Jesus).

Em Amsterdã a aparição diz ser advogada (Papel de Cristo). Em Akita, no Japão, a aparição afirma:" Eu apenas sou capaz de salva-los das calamidades que virão... aqueles que colocam a confiança em mim serão salvos." (Colocar confiança na aparição e não em Deus).

Aqui mensagem da aparição em San Nicolas: "Minha filha nessa hora eu sou a arca para todos seus irmãos, eu sou  arca da paz , eu sou a arca da salvação, a arca onde meus filhos devem entrar se quiseram viver no reino dos céus." "Meus filhos, eu sou a porta para o paraíso e o auxilio na terra." (Mais uma vez a aparição tenta roubar a glória de Deus).

As aparições afirmam ser onipresente, um atributo de Deus.

veja nessa mensagem da aparição em Fátima: "Jamais estareis sós, meu coraçao imaculado irá ser seu refúgio e o caminho que o levarão a Deus." mensagem da aparição ao padre Gobbi: "Em todos os momentos, devem ser o que eu gostaria que fossem , em cada momento devem fazer o que eu faria, nao tenham medo porque sempre estarei perto de vocês." Aparição em Cuapa, Nicarágua diz: "não fiquem tristes eu estou com todos vocês mesmo que não me vejam, eu sou a mãe dos pecadores."

 

As aparições pede para construir templo e Imagens para ela, roubando a glória que deveria ser dado só a Deus.

Veja a mensagem da aparição de Guadalupe: "Eu ardentemente desejo um templo construído  para mim, onde eu possa aparecer e demonstrar todo meu amor, auxilio e proteção , eu sou a mãe misericordiosa..." Veja a mensagem a Gobbi: "Como mãe, eu quero lhes dizer que eu estou aqui com vocês representada pela imagem que aqui está, cada uma de minhas imagens é sinal da minha presença e os lembrará de sua mãe celestial, portanto deve ser honrada e colocada em lugar de grande veneração, devem olhar com amor para cada imagem de sua mãe celestial."

As aparições afirmam sofrer pelos pecados, papel exclusivo cumprido por Jesus

Mensagem de medjugorje: "Eu amo vocês mesmo quando estão longes de mim e de meu filho. Eu peço para que não permitam que meu coração derrame lágrimas de sangue  pelas almas que estão se perdendo pelos pecados." Mensagem  da aparição de Lasalette (França): "Por longo tempo venho sofrendo por vocês, para que meu filho não vos abandone eu sou forçada a orar para ele sem parar, por mais que façam jamais podem reparar a dor que senti por vocês." Mensagem da aparição na Suécia: "Eu corajosamente afirmo que o sofrimento dele se tornou meu sofrimento, porque o coração dele era meu, e como Adão e Eva trocaram o mundo por uma maça, de certa forma meu filho e eu redimimos o mundo com o coração."

Usei este exemplo do catolicismo romano, que é a religião dominante no Brasil, para mostrar como as entidades tentam roubar a glória de Deus. Mas isso também acontece na Umbanda, na Macumba e em outras religiões espiritualistas.


COMO SABER SE O MILAGRE FEITO EM NOME DE JESUS E DE UM SERVO DE DEUS OU DE UM ENGANADOR?
O apóstolo Pedro afirma: "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita." (II Pedro 2:1-3).

A bíblia afirma que conhecemos o servo de Deus pelos os frutos: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.
Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
"(Mateus 7:15-23)

O Falso profeta pode até profetizar em nome de Jesus, expulsar demônio em nome de Jesus, fazer sinais e prodígio em nome de Jesus e enganar muita gente. Mas aquele que ama a Deus de todo o coração e com toda alma vai seguir o que está escrito na sua palavra. " Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele." (João 14:21)

Vejamos alguns pontos como podemos saber distinguir entre o servo de Deus e um enganador.

a) O servo de Deus não apresenta Deus como amuleto

Atualmente a ênfase no meio neopentecostal é "venha buscar a sua benção". Estão fazendo de Deus um poderoso amuleto, um talismã que resolve os problemas dos fiéis. Chegam até a colocar "deus" na parede o exigindo a cumprir suas promessas. E assim a sociedade hodierna está cheio de pessoas que vão aos templo das instituições, não por ter interesse em Deus, mas sim em resolver os seus próprios problemas.

No antigo testamento, temos um exemplo bíblico de um momento da história de Israel onde o povo buscou a Deus apenas como amuleto. Não buscavam ao Senhor para o adorar. Quase ninguém mais ia a Siló, onde estava o templo. As pessoas não estavam interessadas em ir à casa do Senhor e buscar sua face, nem tampouco em louvá-lo, mas na hora do aperto quiseram fazer da presença de Deus um amuleto que resolveria seus problemas. Israel saiu à batalha e foi derrotado pelos filisteus (I Sm.4:1-3). Com medo de serem novamente derrotados, mandaram buscar a arca de Deus e a trouxeram ao campo de batalha.

Mas buscar a presença do Senhor como amuleto não funcionou, caíram trinta mil homens de Israel, a arca de Deus foi tomada e  foi dito: Icabode - que significa: foi-se a glória de Israel. Esta foi uma geração que perdeu a presença do Senhor. Eles se esfriaram a tal ponto, que os sacerdotes se envolviam em prostituição na porta do templo de Deus!

Hoje não está sendo diferente. Os falsos profetas estão tirando a glória de Deus da Igreja, de soberano estão criando um deus escravo (que não é o Deus todo poderoso) das vontades dos fiéis, que o ameaça dizendo que se ele "prometeu" tem que cumprir. Se o fiel cumpriu sua parte com ofertas de fé (dinheiro) este deus tem que cumprir a vontade daquele que o subornou se não ele não é deus. Isto é muito PERIGOSO. As instituições religiosas estão preparando um povo para acaitar o anti Cristo é o falso profeta que já estão se manifestando.

 b) O objetivo do servo de Deus não é maravilhar o público

O servo de Deus não faz milagres para deixar as pessoas impressionadas e mostrar que ele tem poder. Esta foi a proposta de Satanás a Jesus na tentação. "transforme esta pedra em pão" " Jesus foi tentado pelo diabo a usar sua unção para o sensacionalismo. “Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhes: Se tu és o filho de Deus, Lança-te daqui abaixo, porque está escrito: Mandarás aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem e que te sustenham nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor teu Deus. E, acabando o diabo toda tentação, ausentou-se dele por algum tempo. “(Lc 4:1-13)

O diabo levou Jesus a um contexto religioso: levo-o a Jerusalém, a cidade santa, o colocou sobre o pináculo do templo, o ponto mais alto da edificação que era o vínculo sacrificial do homem para com Deus e usou a palavra de Deus. Da mesma forma o falso profeta leva as pessoas a um contexto religioso, usando musicas "cristãs", falando em nome de deus e até usando o nome de Jesus.

Jesus como filho de Deus, tinha todo o poder de pular do pináculo do templo e não acontecer nada. Mais esta atitude estava fora dos planos de Deus. Jesus certamente receberia glórias humanas e impressionaria o público. O servo de deus não procuram glória humana o seu objetivo é glorifacar o nome do Senhor Eterno e Soberano.

Muitas vezes os líderes, dentro de um contexto de religiosidade, são levados ao pináculo do templo e são seduzidos a usar sua unção para o sensacionalismo. Fazerem as pessoas “caírem no poder”, sentir a “unção do riso”, ficarem “colada no Espírito” são os sensacionalismo que são usados hoje pelos chamados “profetas de Deus”, ou como alguns se autodenominam “apóstolo”.

Muitos líderes querem ver o poder de Deus em ação e não se importam como. Joga-se paletó, sopram, empurram a testa das pessoas. O sobrenatural tem que acontecer para ser um culto “pentecostal”. O sensacionalismo e as demonstrações do “poder de Deus” lotam estádios. As "igrejas" estão cheias de pessoas que vão à busca de experiências sensitivas. Para não perder fieis, o sensacional de algum modo tem de acontecer.

 

c) Para o servo de Deus a comunhão com Deus é maior do que o milagre

Tanto no ministério de Jesus como dos apóstolo o maior prazer não a realização de sinais e prodígios, mas era esta com Deus e anunciar a mensagem do evangelho.

"E logo, saindo da sinagoga, foram à casa de Simão e de André com Tiago e João. E a sogra de Simão estava deitada com febre; e logo lhe falaram dela. Então, chegando-se a ela, tomou-a pela mão, e levantou-a; e imediatamente a febre a deixou, e servia-os. E, tendo chegado a tarde, quando já se estava pondo o sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos, e os endemoninhados. E toda a cidade se ajuntou à porta. E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades, e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demônios, porque o conheciam. E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava." (Marcos 1 29-35)

e) Os servos de Deus não usa milagres para fazer propaganda de si ou do seu ministério

A pós modernidade gerou no cristianismo um estímulo a competição no mercado religioso e os desejos de profissionalismo. Para muitos, o ministério passa a ser uma oportunidade de autoafirmação e o cumprimento de anseios que sempre desejou na vida secular. Em vista destes desejos, muitos vivem procurando oportunidade de transformar pedras em pães.

E aproveitar o sucesso como pregador, inspirador de êxtase, manipulador de massas humanas ou pastor e então ser eleito vereador, deputado, senador... Ficando bem claro que a “unção” que recebeu pela sua instituição é apenas uma ponte para o sucesso na vida secular. O caráter dessa gente fica explícito quando se ver os escândalos envolvendo políticos cristãos, como o da máfia das ambulâncias em 2006 entre outros.

Hoje se faz entrevistas com demônios, forçando-o a afirmar declarações doutrinárias para mostrar ao público que na denominação existe a “unção” de Deus. Outros usam este artifício folclórico para tornar público que tem poder sobre os demônios.

Muitas a propaganda do milagre serve para galgar destaque social-cristão e  se manifesta nos testemunhos. Contam histórias impressionantes sobre seu desempenho como homem de Deus afirmando que é para a glória de Deus. Mas na realidade a glória de Deus fica em segundo plano, em pano de fundo. O que faz parte do cenário principal é a glorificação do ego e do desejo de ser referência de espiritualidade.

Existem até os profissionais do testemunho! Alguns cobram por seus testemunhos!!. Estão usando o que Deus fez para benefício pessoal. São atores do grande palco dos cultos shows de algumas denominações. Usar o poder miraculoso para autopromoção é um constante transformar de pedras em pães no meio evangélico brasileiro. É usar sua “unção” para benefício próprio.

A palavra de Jesus era atestada por sua vida, Ele fazia. “Os milagres que faço em nome de meu pai falam por mim”(Jo 10:25b). Jesus também afirmou: “Se testifico de mim mesmo o meu testemunho não é verdadeiro. Há outro que testifica a meu respeito, e sei que seu testemunho é verdadeiro”(Jo 5:31-32). Jesus era discreto em seus milagres (Mt 12:19). Este fato já tinha sido anunciado profeticamente( Is 42: 1-3 ).

Os líderes hoje usam os meios de comunicação para chamarem atenção das massa sobre os prodígios. Jesus não gerava através do marketing uma psicose por milagres e prodígios. Muitas vezes Ele aconselhava as pessoas que tinham recebido a bênção a não contar nada a ninguém (Mc 7:36).

Usar sua posição para auto exaltação, para tentar impressionar é estar cedendo a tentação. Além disso, este comportamento leva a uma concorrência de quem tem mais “unção”. Não é por acaso que se abrem tantas denominações hoje! Muitos procuram seus espaços para brilhar e seu palco para ser aplaudido e mistérios para ser reconhecidos. Tudo isso por não querer ameaça a possibilidade de usar seus carismas para benefício próprio de projeção ministerial.

O homem sempre sentiu atração pelo sobrenatural. Da idade da pedra ao homem moderno a história nos mostra este fascínio pelo sensacional. As culturas nativas sempre têm algum representante que entra em contato com o sobrenatural. Por isso que o deslumbre pelo sobrenatural ainda é o tema em alta na sociedade atual. O esoterismo está em moda. Os livros de cunhos esotéricos estão entre os mais apreciados pelo público. Anjos, duendes, cristais, etc... As pessoas buscam soluções ocultas através de fórmulas mágicas, também influencia a religião em nossos dias, seja ela cristã ou não cristã. Quando se fala em cristianismo pelos neopentecostais logo se refere ao sobrenatural. Existe uma babel doutrinária com relação a este fato. Hoje se crê em tudo que aparece, sem qualquer critério de avaliação da palavra. Tem-se uma onda de fenômenos sobrenaturais em certos agrupamentos “cristãos”. As vezes parece um verdadeiro zoo espiritualizado (unção do leão, unção do cachorro, unção da cobra). Outras vezes se atribui ao espírito uma verdadeira força ativa irresistível (sopros do espírito, cair no espírito, colar no espírito) e ainda outra vezes se torna folclóricos ( unção do riso, cabelos ungidos, dente de ouro, etc...). E ainda o inacreditável acontece como: unção do bilau e demarcação de território com urina.

Se você que ser um verdadeiro servo de Deus e não está disposto a ser enganado pelo os falsos mestres, procure viver a palavra de Deus, sabendo que Ele é o Deus soberano, o honre sendo submisso a sua vontade. Viva para que Seu nome seja glorificado através de sua vida. A  glória e de Deus e não de homens, e não de imagens de escultura.

Marcos Avelino

 

 

Fontes de Pesquisadas.

http://vanessaepituca.blogspot.com.br/2010/04/finais-dos-tempos.html

Subirá, Luciano Pereira, A outra face do Milagre, Maná edições, 1999,  pgs 5-10

sexta-feira, 18 de julho de 2014

QUEM ERA A RAINHA DOS CÉUS NA ÉPOCA DE JEREMIAS?

A Rainha dos céus na época de Jeremias ainda continua sendo adorada.

"Porventura não vês tu o que andam fazendo nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém? Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira. Acaso é a mim que eles provocam à ira? diz o Senhor, e não a si mesmos, para confusão dos seus rostos? Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que a minha ira e o meu furor se derramarão sobre este lugar, sobre os homens e sobre os animais, e sobre as árvores do campo, e sobre os frutos da terra; e acender-se-á, e não se apagará. (Jeremias 7: 17-20)"

 A palavra que veio a Jeremias, acerca de todos os judeus, habitantes da terra do Egito, que habitavam em Migdol, e em Tafnes, e em Nofe, e na terra de Patros, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Vós vistes todo o mal que fiz vir sobre Jerusalém, e sobre todas as cidades de Judá; e eis que elas são hoje uma desolação, e ninguém habita nelas; Por causa da maldade que fizeram, para me irarem, indo queimar incenso, e servir a deuses estranhos, que nunca conheceram, nem eles, nem vós, nem vossos pais.

E eu vos enviei todos os meus servos, os profetas, madrugando e enviando a dizer: Ora, não façais esta coisa abominável que odeio. Mas eles não escutaram, nem inclinaram os seus ouvidos, para se converterem da sua maldade, para não queimarem incenso a outros deuses.

Derramou-se, pois, a minha indignação e a minha ira, e acendeu-se nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém, e elas tornaram-se em deserto e em desolação, como hoje se vê. Agora, pois, assim diz o Senhor, Deus dos Exércitos, Deus de Israel: Por que fazeis vós tão grande mal contra as vossas almas, para vos desarraigardes, ao homem e à mulher, à criança e ao que mama, do meio de Judá, a fim de não deixardes remanescente algum; Irando-me com as obras de vossas mãos, queimando incenso a deuses estranhos na terra do Egito, aonde vós entrastes para lá habitar; para que a vós mesmos vos desarraigueis, e para que sirvais de maldição, e de opróbrio entre todas as nações da terra?

Esquecestes já as maldades de vossos pais, e as maldades dos reis de Judá, e as maldades de suas mulheres, e as vossas maldades, e as maldades de vossas mulheres, que cometeram na terra de Judá, e nas ruas de Jerusalém? Não se humilharam até ao dia de hoje, nem temeram, nem andaram na minha lei, nem nos meus estatutos, que pus diante de vós e diante de vossos pais.

Portanto assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que eu ponho o meu rosto contra vós para mal, e para desarraigar a todo o Judá. E tomarei os que restam de Judá, os quais puseram os seus rostos para entrarem na terra do Egito, para lá habitar e todos eles serão consumidos na terra do Egito; cairão à espada, e de fome morrerão; consumir-se-ão, desde o menor até ao maior; à espada e de fome morrerão; e servirão de execração, e de espanto, e de maldição, e de opróbrio. Porque castigarei os que habitam na terra do Egito, como castiguei Jerusalém, com a espada, com a fome e com a peste. De maneira que da parte remanescente de Judá, que entrou na terra do Egito, para lá habitar, não haverá quem escape e fique para tornar à terra de Judá, à qual eles suspiram voltar para nela morar; porém não tornarão senão uns fugitivos.

Então responderam a Jeremias todos os homens que sabiam que suas mulheres queimavam incenso a deuses estranhos, e todas as mulheres que estavam presentes em grande multidão, como também todo o povo que habitava na terra do Egito, em Patros, dizendo: Quanto à palavra que nos anunciaste em nome do Senhor, não obedeceremos a ti; Mas certamente cumpriremos toda a palavra que saiu da nossa boca, queimando incenso à rainha dos céus, e oferecendo-lhe libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes, temos feito, nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém; e então tínhamos fartura de pão, e andávamos alegres, e não víamos mal algum. Mas desde que cessamos de queimar incenso à rainha dos céus, e de lhe oferecer libações, tivemos falta de tudo, e fomos consumidos pela espada e pela fome. E quando nós queimávamos incenso à rainha dos céus, e lhe oferecíamos libações, acaso lhe fizemos bolos, para a adorar, e oferecemos-lhe libações sem nossos maridos?

Então disse Jeremias a todo o povo, aos homens e às mulheres, e a todo o povo que lhe havia dado esta resposta, dizendo: Porventura não se lembrou o Senhor, e não lhe veio ao coração o incenso que queimastes nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, vós e vossos pais, vossos reis e vossos príncipes, como também o povo da terra? De maneira que o Senhor não podia por mais tempo sofrer a maldade das vossas ações, as abominações que cometestes; por isso se tornou a vossa terra em desolação, e em espanto, e em maldição, sem habitantes, como hoje se vê. Porque queimastes incenso, e porque pecastes contra o Senhor, e não obedecestes à voz do Senhor, e na sua lei, e nos seus testemunhos não andastes, por isso vos sucedeu este mal, como se vê neste dia.

Disse mais Jeremias a todo o povo e a todas as mulheres: Ouvi a palavra do Senhor, vós, todo o Judá, que estais na terra do Egito. Assim fala o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel, dizendo: Vós e vossas mulheres não somente falastes por vossa boca, senão também o cumpristes por vossas mãos, dizendo: Certamente cumpriremos os nossos votos que fizemos de queimar incenso à rainha dos céus e de lhe oferecer libações; confirmai, pois, os vossos votos, e perfeitamente cumpri-os. Portanto ouvi a palavra do SENHOR, todo o Judá, que habitais na terra do Egito: Eis que eu juro pelo meu grande nome, diz o SENHOR, que nunca mais será pronunciado o meu nome pela boca de nenhum homem de Judá em toda a terra do Egito dizendo: Vive o Senhor DEUS! Eis que velarei sobre eles para mal, e não para bem; e serão consumidos todos os homens de Judá, que estão na terra do Egito, pela espada e pela fome, até que de todo se acabem. E os que escaparem da espada voltarão da terra do Egito à terra de Judá, poucos em número; e todo o restante de Judá, que entrou na terra do Egito, para habitar ali, saberá se subsistirá a minha palavra ou a sua. E isto vos servirá de sinal, diz o Senhor, que eu vos castigarei neste lugar, para que saibais que certamente subsistirão as minhas palavras contra vós para mal. Assim diz o SENHOR: Eis que eu darei Faraó-Hofra, rei do Egito, na mão de seus inimigos, e na mão dos que procuram a sua morte; como entreguei Zedequias, rei de Judá, na mão de Nabucodonosor, rei de babilônia, seu inimigo, e que procurava a sua morte. (Jeremias 44:1-30)

 

Em Jeremias capítulo 7 a rainha dos céus certamente era Ishtar, a deusa babilônica que era conhecida com "rainha dos céus". Dependendo da cultura ela se tornou conhecida como Isis, Diana, Artemis, Inana, Astarte, Cybele entre outros.

 

Amarna, escrevendo a Amenófis III, Tushratta menciona “Istar, senhora do céu”. No Egito, certa inscrição do Rei Horemheb, que segundo se crê reinou no século 14 aC, menciona “Astarte [Istar], senhora do céu”. Um fragmento duma estela encontrada em Mênfis, do reinado de Mernepta, rei egípcio que segundo se crê reinou no século 13 aC, representa Astarte com a inscrição: “Astarte, senhora do céu.” No período persa, em Siene (moderna Assuã), Astarte foi apelidada de “a rainha dos céus”.

Em Jeremias capítulo 44  a rainha dos céus era Ísis (em egípcio: Auset). Jeremias estava escrevendo para os judeus exilados no Egito. Isis foi uma deusa da mitologia egípcia, cuja adoração se estendeu por todas as partes do mundo greco-romano. Foi cultuada como modelo da mãe e da esposa ideais, protetora da natureza e da magia. Era a amiga dos escravos, pescadores, artesãos, oprimidos, assim como a que escutava as preces dos opulentos, das donzelas, aristocratas e governantes. Ísis é a deusa da maternidade e da fertilidade.

Os primeiros registros escritos acerca de sua adoração surgem pouco depois de 2500 a.C., durante a V dinastia egípcia. A deusa Ísis, mãe de Horus, foi a primeira filha de Geb, o deus da Terra, e de Nut, a deusa do Firmamento, e nasceu no quarto dia intercalar. Durante algum tempo Ísis e Hator ostentaram a mesma cobertura para a cabeça. Em mitos posteriores sobre Ísis, ela teve um irmão, Osíris, que veio a tornar-se seu marido, tendo se afirmado que ela havia concebido Horus. Ísis contribuiu para a ressurreição de Osiris quando ele foi assassinado por Seth. As suas habilidades mágicas devolveram a vida a Osíris após ela ter reunido as diferentes partes do corpo dele que tinham sido despedaçadas e espalhadas sobre a Terra por Seth. este mito veio a tornar-se muito importante nas crenças religiosas egípcias.

Ísis também foi conhecida como a deusa da simplicidade, protetora dos mortos e deusa das crianças de quem "todos os começos" surgiram, e foi a Senhora dos eventos mágicos e da natureza. Em mitos posteriores, os antigos egípcios acreditaram que as cheias anuais do rio Nilo ocorriam por causa das suas lágrimas de tristeza pela morte de seu marido, Osíris. Esse evento, da morte de Osíris e seu renascimento, foi revivido anualmente em rituais. Consequentemente, a adoração a Ísis estendeu-se a todas as partes do mundo greco-romano, perdurando até à supressão do paganismo na Era Cristã.

 

Paralelos com a Virgem Maria do Catolicismo Romano

Alguns eruditos traçam paralelos entre a adoração de Ísis na época final do Império romano e a veneração de hiperdulia à Virgem Maria cristã. Quando o cristianismo começou a ganhar popularidade, difundindo-se na Europa e em todas as partes do Império, os primitivos cristãos converteram um relicário da Ísis egípcia em um para Maria e de outros modos "deliberadamente tomaram imagens do mundo pagão".

Embora a Virgem Maria teoricamente seja venerada tanto pelos Católicos quanto pelos Ortodoxos, atualmente com o aumento das aparições da mesma, ela esta sendo idolatrada e recebendo status de divindade pois ela é apresentada pelas aparições como: mediadora; advogada; co-redentora; intercessora; salvadora; onisciente; onipotente e rainha dos céus. O  seu papel, como figura de mãe compassiva, tem paralelos com a figura de Ísis. O historiador Will Durant observou que "os primitivos Cristãos por vezes fizeram os seus cultos diante de estátuas de Ísis amamentando o filho Hórus, vendo nelas uma outra forma do nobre a antigo mito pelo qual a mulher (isto é, o princípio feminino) é a criadora de todas as coisas, tornando-se por fim, a "Mãe de Deus"". Hórus, sob este aspecto infantil, foi denominado Harpócrates pelos antigos Gregos.

Isto é fruto da exposição dos primitivos cristãos à arte egípicia. Uma pesquisa com "os vinte principais Egiptólogos", conduzida pelo Dr. W. Ward Gasque, um erudito cristão, revelou que todos os participantes reconheceram "que a imagem de Ísis com o bebê Hórus influiu na iconografia cristã da Virgem e o Menino", mas que não houve nenhuma outra semelhança, como por exemplo, que Hórus tenha nascido de uma virgem, que tenha tido doze seguidores, ou outras.

 

A Rainha do céus continua se manifestando até hoje?

A adoração da “rainha dos céus” chegou a ser praticada até o quarto século dC. Por volta de 375 dC, Epifânio de Salamina, bispo da cidade de  Salamina e metropolita da ilha de Chipre, no final do século IV d.C. declarou o seguinte em seu tratado Panarion (79, 1, 7): “Algumas mulheres decoram uma espécie de carro ou um banco de quatro cantos e, depois de estirarem sobre ele uma toalha de linho, num certo dia festivo do ano, colocam em frente dele um pão durante alguns dias e o oferecem em nome de Maria. Então, todas as mulheres partilham deste pão.” Epifânio (79, 8, 1, 2) relacionou tais práticas com a adoração da “rainha dos céus” apresentada em Jeremias, e cita Jeremias 7:18 e Jer 44:25. — Epiphanius (Epifânio), editado por Karl Holl, Leipzig, 1933, Vol. 3, pp. 476, 482, 483.

Atualmente, a Igreja Católica e Apostólica Romana- ICAR, tem dado a Maria status de deusa, semelhante as divindades pagãs. Vejamos partes do livro , The Glories of Mary (As Glórias de Maria), escrito pelo Bispo Alphonse de Ligouri, um dos maiores escritores devocionais da ICAR.

'E ela é verdadeiramente uma mediadora de paz entre pecadores e Deus. Os pecadores recebem perdão somente por Maria' (págs. 82,83). 'Maria é nossa vida...Maria assim, obtendo esta graça para os pecadores por suas intercessões, restaura-lhes a vida (pág. 80). 'Caiu e está PERDIDO o que não se refugia em Maria' (pág. 94).

'A Santa Igreja ordena uma ADORAÇÃO peculiar a MARIA' (pág. 130). 'Muitas coisas...são pedidas a Deus, e não são alcançadas; elas são pedidas a Maria, e são obtidas', porque 'Ela....é até mesmo Rainha do Inferno, e Soberana Senhora dos Demônios' (págs. 127, 141 ,143).

'Maria é chamada...o portão do céu porque ninguém pode entrar neste bendito reino sem passar através DELA' (pág. 160).'O Caminho da Salvação é aberto por nenhum outro além de MARIA', e visto que 'Nossa salvação está nas mãos de Maria...O que é protegido por MARIA será salvo, e o que não é se perderá' (págs. 169,170).

'Todo poder é dado a ti no Céu e na terra', de forma que 'ao comando de MARIA todos obedecem - até Deus....e dessa forma Deus colocou toda a Igreja.....sob o domínio de Maria' (págs. 180,181). Maria 'é também a Advogada de toda a raça humana...porque ela pode fazer o que quiser com Deus' (pág. 193).

'Maria é a Apaziguadora entre pecadores e Deus' (pág. 197) 'Nós freqüentemente obtemos mais rapidamente o que pedimos invocando o nome de Maria, do que invocando o de Jesus.' 'Ela é nossa Salvação, nossa Vida, nossa Esperança, nosso Conselho, nosso Refúgio, nosso Socorro' (págs. 254,257).

'Toda a Trindade, Ó MARIA, te deu um nome.....acima de todo outro nome, para que ao Teu Nome todo joelho se dobre, das coisas no céu, na terra, e debaixo da terra' (pág. 260).

Portanto, uma entidade chamada "rainha dos céus" está aproveitando da veneração que os cristãos tem por Maria levando-os a adoração dessa entidade personificando Maria e enganando os fiéis. Podemos ver isso nas própria aparições da "rainha dos céus" quado afirma: "Eu sou Maria, a Rainha dos céus e dos anjos" Message from Mary in St. Bridget (Sweden) Suécia.

Esta não é a Maria da Bíblia. Estão atribuindo qualidade de Deus a Maria que foi uma humilde serva do Senhor, obediente a Ele.

Fontes de pesquisa:

BOETTNER, Loraine. Catolicismo Romano. Imprensa Batista Regular, São Paulo 1985 pp 114-117.

Ísis – Wikipédia, a enciclopédia livre - pt.wikipedia.org/wiki/Ísis

sábado, 5 de julho de 2014

A Surpreendente Conexão entre o Calvinismo e o Catolicismo

Será que o Calvinismo É Realmente uma Crença Protestante?

Caro Irmão Carlos, continuando aquela coversa que tivemos por telefone sobre algumas versões da bíblia, gostaria que você lesse o texto abaixo extraído de parte do capítulo 4 do livro de Dave Hunt Que Amor é Esse?: Calvinismo uma falsa representação de Deus

Não copiei todo capítulo, mais propositalmente deixei o texto longo para você entender o contexto do que ele estava expondo antes de começar a falar de algumas versões da bíblia.

 Será que o Calvinismo É Realmente uma Crença Protestante?

 Que hoje muitos evangélicos proeminentes ainda estão sob o feitiço de Agostinho é evidente – e surpreendente, considerando suas numerosas heresias. Norman Geisler disse, “Santo Agostinho foi um dos maiores pensadores cristãos de todos os tempos”. No entanto, Agostinho disse, “Eu não deveria crer no Evangelho a não ser que eu fosse movido a fazê-lo através da autoridade da Igreja [Católica]”. Essa declaração foi citada com grande satisfação pelo Papa João Paulo II, no ano de 1986, na festa de aniversário do décimo sexto centenário da conversão de Agostinho. O Papa passou a dizer:


O legado de Agostinho... são os métodos teológicos a respeito dos quais ele permaneceu absolutamente fiel... integralmente unido à autoridade da fé... revelada através da Escritura, da Tradição e da Igreja.... Da mesma forma o profundo senso de mistério – “pois é melhor”, ele exclama, “ter uma ignorância fiel do que um conhecimento presunçoso...”. Quero expressar mais uma vez o meu desejo ardente... de que a autoridade do ensino desse grande doutor e pastor possa florescer sempre mais satisfatoriamente na Igreja....


Em meu debate com James White, ele afirma que “Calvino refutou esta mesma passagem nas suas Institutas e qualquer leitura honesta dos próprios escritos de Agostinho desmente essa deturpação de Hunt”. De fato, Calvino reconheceu a autenticidade da declaração e tentou defendê-la como raciocínio legítimo para aqueles que não tinham a certeza da fé dada pelo Espírito Santo.

 Vance oferece inúmeras citações surpreendentes dos calvinistas elogiando Agostinho: “Uma das maiores mentes teológicas e filosóficas que Deus assim achou por bem dar à Sua Igreja”. “O maior cristão desde os tempos do Novo Testamento... o maior homem que já escreveu em latim”. “[Suas] obras e escritos, mais do que os de qualquer outro homem na época em que viveu, contribuíram para a promoção da sã doutrina e para o restabelecimento da verdadeira religião”.

 Warfield acrescenta, “Agostinho estabeleceu de uma vez por todas a doutrina da graça”. No entanto, ele [Agostinho] acreditava que a graça vinha através dos sacramentos da Igreja Católica Romana. Essa abundância de elogios calvinistas a Agostinho facilita compreender por que eles amontoam os mesmos elogios sobre Calvino.

 Quanto à formação das doutrinas e práticas do Catolicismo Romano, a influência de Agostinho foi a maior da história. Vance nos lembra que Agostinho foi “um dos quatro originais ‘Doutores da Igreja’ do Catolicismo [com] um dia de festa [dedicado a ele] na Igreja Católica em 28 de agosto, o dia de sua morte”. O Papa João Paulo II chamou Agostinho de “o pai comum da nossa civilização cristã”. William P. Grady, por outro lado, escreve, “O iludido Agostinho (354-430) foi tão longe a ponto de anunciar (através de seu livro, A Cidade de Deus) que Roma tinha tido o privilégio de inaugurar o reino milenar (de outra forma conhecido como a ‘Idade das Trevas’).”.


Extraindo de um Córrego Poluído
 
Sir Robert Anderson lembra que “a Igreja [Católica] Romana foi moldada por Agostinho na forma que desde então ela tem mantido. De todos os erros que séculos mais tarde desenvolveram nos ensinamentos da igreja, dificilmente há um que não seja encontrado de forma embrionária em seus escritos”. Esses erros incluem o batismo infantil para a regeneração (bebês que morrem sem batismo estão condenados), a necessidade do batismo para remissão dos pecados (o martírio, como no Islã, também faz remissão de pecados), purgatório, salvação somente na Igreja através de seus sacramentos e perseguição daqueles que rejeitam os dogmas católicos. Agostinho também aceitou os livros apócrifos (que ele admitia que até mesmo os judeus rejeitavam), a interpretação alegórica da Bíblia (assim, o relato da criação, os seis dias, e outros detalhes em Gênesis não são necessariamente literais) e a rejeição do reinado literal e pessoal de Cristo na Terra durante o milênio (nós estamos agora, supostamente, no reino milenar de Cristo, com a Igreja reinando e o demônio atualmente amarrado).
 
Agostinho insiste que Satanás está agora “amarrado” baseado em que “até agora os homens são, e sem dúvida até o fim do mundo serão, convertidos da incredulidade, na qual ele [Satanás] os mantém, à fé”. Que ele vê a prometida amarração de Satanás no “abismo” (Ap 20.1-3) de forma alegórica está claro. Surpreendentemente, Satanás “está amarrado em cada caso no qual ele é saqueado de um dos seus bens [isto é, alguém que crê em Cristo]”. E ainda mais surpreendente, “o abismo no qual ele está amordaçado” é algo interpretado por Agostinho como estando “nas profundezas” dos “corações cegos” daqueles que rejeitam a Cristo. É assim que Satanás está continuamente amordaçado como em um abismo.
 
Agostinho não tenta explicar como ele chegou a essa incrível conclusão, muito menos como um abismo poderia existir em milhões de corações ou como, estando “amarrado” lá, Satanás ainda estaria livre para cegar aqueles em cujos “corações” ele está supostamente amarrado (2Co 4.4). Ele também não explica como ou por que, apesar de Satanás está sendo mantido aprisionado,

Cristo comissionou Paulo para converter judeus e gentios “do poder de Satanás para Deus” (At 26.18)

Paulo podia entregar o fornicador de Corinto a Satanás (1Co 5.5)

Satanás pode transformar-se “em anjo de luz” (2Co 11.14)

Paulo alertaria os crentes de Éfeso a não “dar lugar ao Diabo!” (Ef 4.27) e a instá-los e a nós hoje a “permanecer firmes contra as astutas ciladas do Diabo” (Ef 6.11)

Satanás ainda podia estar ao derredor “como um leão rugindo... buscando a quem possa tragar” (1Pe 5.8)

Satanás ainda podia ser capaz de continuamente acusar os cristãos diante de Deus e, com os seus anjos, ainda guerrear nos céus contra “Miguel e seus anjos” e, finalmente, ser lançado do céu à Terra (Ap 12.7-10)

Agostinho foi um dos primeiros a colocar a autoridade da tradição no mesmo nível que a Bíblia, e a incorporar muita filosofia, especialmente o Platonismo, em sua teologia. Expondo a tolice dos que elogiam Agostinho, Vance escreve:

Ele acreditava na sucessão apostólica de Pedro como uma das marcas da verdadeira igreja, ensinava que Maria era sem pecado e promoveu o seu culto. Ele foi o primeiro a definir os assim chamados sacramentos como um sinal visível da graça invisível.... O memorial da Ceia do Senhor tornou-se o da presença espiritual do corpo e sangue de Cristo. Para Agostinho a única igreja verdadeira era a Igreja Católica. Escrevendo contra os donatistas, ele afirmou: “Somente a Igreja Católica é o corpo de Cristo... Fora deste corpo, o Espírito Santo não dá vida a ninguém... [e] não é participante do amor divino aquele que é inimigo da unidade. Portanto, aqueles que estão fora da Igreja não têm o Espírito Santo”.

E é este o homem que Norman Geisler chama de “um dos maiores pensadores cristãos de todos os tempos”. Pelo contrário, Calvino extraiu de um córrego altamente poluído quando abraçou os ensinamentos de Agostinho!  Como alguém poderia mergulhar em tal heresia contaminante sem se tornar confuso e infectado? No entanto, essa confusão desconcertante de especulação e Catolicismo Romano em desenvolvimento é reconhecida como a fonte do Calvinismo – e é elogiada por líderes evangélicos. Chega-se a ficar chocado diante do amontoado de elogios tanto a Calvino quanto a Agostinho por líderes cristãos em outros casos confiáveis.

 
Uma Incrível Contradição

O quase completo acordo entre Calvino e Agostinho e os repetidos louvores de Calvino a Agostinho não pode ser negado. Calvino chamou a si mesmo de “um teólogo agostiniano”. De Agostinho ele disse, “a quem citamos com frequência, como sendo a melhor e a mais fiel testemunha de toda a antiguidade”.

Os próprios calvinistas insistem na ligação entre Calvino e Agostinho. McGrath escreve: “Sobretudo, Calvino considerava seu pensamento como uma exposição fiel das principais ideias de Agostinho de Hipona”. Wendel admite, “Nos pontos doutrinários ele (Calvino) toma emprestado de Santo Agostinho com as duas mãos”. Vance escreve:

Seja como for, para provar conclusivamente que Calvino era um discípulo de Agostinho, não precisamos olhar além do próprio Calvino. Ninguém consegue ler cinco páginas nas Institutas de Calvino sem ver o nome de Agostinho. Calvino cita Agostinho mais de quatrocentas vezes nas Institutas apenas. Ele chamou Agostinho por títulos como “homem santo” e “pai santo”.

Como Vance aponta adicionalmente, “os calvinistas admitem que Calvino foi fortemente influenciado por Agostinho na formação da sua doutrina da predestinação”. Como poderia um dos líderes da Reforma abraçar tão plenamente as doutrinas de alguém que tem sido chamado o “principal criador teológico do sistema latino-católico distinto do... protestantismo evangélico...”?

A admiração de Calvino por Agostinho e a sua acolhida de grande parte de seu ensino é apenas uma das várias e grandes contradições em sua vida, que serão totalmente documentadas neste livro. A situação é contraditória pelo lado católico também. Seus dogmas rejeitam algumas das mais importantes doutrinas sustentadas pelo mais famoso dos seus santos – as mesmas doutrinas agostinianas que Calvino abraçou.

Aqui nos deparamos com uma estranha anomalia. Warfield declara que “foi Agostinho quem nos deu a Reforma” – porém, ao mesmo tempo, ele também reconhece que Agostinho foi “em um verdadeiro sentido, o fundador do Catolicismo Romano” e “o criador do Santo Império Romano”.

Estranhamente, Calvino aparentemente falhou em reconhecer que Agostinho nunca compreendeu a salvação pela graça somente, através da fé somente, e em Cristo somente. Philip F. Congdon escreve, “Outro paralelo curioso é evidente entre a teologia calvinista clássica e a teologia católica romana. As duas compartilham a inclusão das obras na mensagem do evangelho, e uma impossibilidade de segurança da salvação... Ambas sustentam a primazia da graça de Deus; ambas incluem a necessidade de nossas obras”. As heresias de Agostinho, especialmente sua visão romanista da fé em Cristo sendo suplementada pelas boas obras e pelos sacramentos, não se perderam com Lutero, que escreveu: “No começo, eu devorava Agostinho, mas quando... entendi o que era realmente a justificação pela fé, descartei-o”.

No entanto, líderes calvinistas sugerem que eu estou lado a lado com o Catolicismo Romano ao rejeitar o Calvinismo, não obstante o Calvinismo tenha vindo em grande medida do maior católico romano, Agostinho. Aqui está a forma como um escritor se expressou a mim:

E visto que a posição que você defende é, de fato, totalmente oposta ao coração da mensagem dos Reformadores, e está, pelo contrário, de acordo com a visão romana a respeito da vontade do homem e da natureza da graça, eu acho a sua posição extremamente incoerente de sua parte. Você fala muitas vezes de oposição às tradições dos homens, e na verdade, neste caso, você abraça as mesmas tradições que estão no coração do “evangelho” de Roma.

Pelo contrário, os Reformadores e seus credos é que estão infectados de ideias que vieram do maior católico romano, o próprio Agostinho. Além do mais, a rejeição da Eleição, Predestinação e Preservação dos Santos como definidas pelos calvinistas dificilmente é abraçar “o coração do ‘evangelho’ de Roma”. O verdadeiro coração do evangelho de Roma são as boas obras e os sacramentos. A retenção por parte de Calvino do sacramentalismo, da regeneração batismal para as crianças e da honra dada ao sacerdócio católico romano como válido, certamente se constitui em uma forma mais grave de abraçar o falso evangelho do Catolicismo. A rejeição do Calvinismo não implica em qualquer acordo com nenhuma parte das doutrinas heréticas de Roma a respeito da salvação.

Parece incompreensível que a influência predominante sobre a teologia e os credos reformados pudesse estar tão estreitamente ligada ao próprio Catolicismo Romano contra o qual os Reformadores se rebelaram. No entanto, aqueles que deixam de se submeter a esses credos estão, supostamente, “equivocados”. Como os credos protestantes passaram a ser dominados pela doutrina calvinista é uma história interessante.

 
O Papel da Vulgata Latina
 
Juntamente com os escritos de Agostinho, a Vulgata Latina também moldou o pensamento de Calvino como está expresso em suas Institutas da Religião Cristã. Fluente em latim, Calvino usou por muito tempo essa corrompida tradução da Bíblia, que, desde a sua composição por Jerônimo no início do quinto século, foi a Bíblia oficial dos católicos romanos. Foi novamente assim declarada pelo Concílio de Trento em 1546, quando Calvino tinha 37 anos de idade. Mais do que isso, sua influência chegou ao movimento protestante: “Por mil anos a Vulgata foi praticamente a única Bíblia conhecida e lida na Europa Ocidental. Todos os comentários eram baseados no texto da Vulgata... Pregadores baseavam seus sermões nela”.

A Vulgata foi permeada com as visões agostinianas da predestinação e a rejeição do livre-arbítrio. De acordo com Philip Schaff, “A Vulgata pode ser acusada, na verdade, de inúmeras falhas, imprecisões, contradições e tratamento arbitrário nos particulares”. Outros manifestaram a mesma opinião. Samuel Fisk cita Samuel Berger, que na Cambridge History of the English Bible (História da Bíblia Inglesa de Cambridge), Vol. 3 (S. L. Greenslade, ed. Cambridge, Inglaterra: University Press, 1963, 414), chamou a Vulgata de “o texto mais vulgar e ilegítimo imaginável”. Grady diz: “Dâmaso comissionou Jerônimo a ressuscitar a arcaica Bíblia Latina Antiga em 382 A.D... a monstruosidade acabada ficou conhecida como a ‘Vulgata’ Latina... e foi usada pelo Diabo para inaugurar a Idade das Trevas”. Fisk nos lembra:

Exemplos bem conhecidos de erros de longo prazo incluem todo o sistema de “penitência” católico, extraído a partir do “fazer penitência” da Vulgata... quando o latim deveria ter seguido o grego – arrepender-se. Da mesma forma, a palavra “sacramento” foi uma leitura deturpada da Vulgata da palavra original para mistério. Ainda mais significativo, talvez, foi a tradução da palavra presbítero (ancião) como “sacerdote”.

Agostinho descreveu o problema que levou à produção da Vulgata: “Nos primeiros dias da fé, quando um manuscrito grego chegava às mãos de alguma pessoa, e ela pensava que possuía um pouco de fluência nas duas línguas, ela se aventurava a fazer uma tradução [para o latim]”. Como consequência de tal esforço individual, Bruce diz, “Chegou o momento, entretanto, quando os vários textos [em latim, das Escrituras] se tornou por demais inconveniente de ser tolerado por mais tempo, então o Papa Dâmaso... comissionou o seu secretário, Jerônimo, a realizar o trabalho” de revisão para produzir uma versão latina autorizada.

Bruce continua: “Disseram a ele [Jerônimo] para ser cauteloso por causa dos ‘irmãos mais fracos’, que não gostavam de ver seus textos favoritos adulterados, mesmo no interesse de uma maior precisão. Mesmo assim, ele foi longe demais para o gosto de muitos, enquanto ele próprio estava convicto de que não estava indo longe o suficiente”. O Unger’s Bible Dictionary (Dicionário Bíblico de Unger) comenta:

Por muitos séculos ela [a Vulgata] foi a única Bíblia geralmente usada... Na época da Reforma a Vulgata [influenciou] versões populares. A versão de Lutero (Novo Testamento em 1523) foi a mais importante e nela a Vulgata teve grande peso. A partir de Lutero a influência do latim chegou à nossa própria Versão Autorizada [King James Version (KJV) – Versão do Rei Tiago].
 

As Bíblias de Genebra e do Rei Tiago e os Credos Protestantes

De não pouca importância ao nosso estudo é o fato de que esta tradução corrupta teve influência sobre as igrejas protestantes na Europa, Inglaterra e América. Essa influência foi transferida para a Bíblia de Genebra (que tem problemas adicionais, como veremos abaixo), bem como para outras versões antigas da English Bible, e até mesmo para a King James Bible de hoje.

Da mesma forma que a Vulgata estava cheia de Agostinianismos, a Bíblia de Genebra estava cheia de Calvinismo, tanto no seu texto como nas volumosas notas. A General Biblical lntroduction (Introdução Geral da Bíblia) de H. S. Miller diz, “Ela foi uma revisão da Bíblia de Tyndale, com uma introdução de Calvino... a obra dos reformadores ingleses, assistida por Beza, Calvino e possivelmente outros”. J. R. Dore, em Old Bibles: An Account of the Early Versions of the English Bible (Bíblias Antigas: Um Relato das Primeiras Versões da Bíblia Inglesa), 2ª edição, acrescenta que “quase todo capítulo [da Bíblia de Genebra] tem volumosas notas cheias da doutrina calvinista”. Andrew Edgar, em The Bibles of England (As Bíblias da Inglaterra), declara: “À época, quando a Bíblia de Genebra foi publicada pela primeira vez, Calvino era o espírito dominante em Genebra. Todas as características de seu sistema teológico, eclesiástico, político e social estão, portanto, refletidas nas anotações marginais... A doutrina da predestinação é proclamada como sendo a principal pedra angular do evangelho”.

W. Hoare diz em The Evolution of the English Bible (A Evolução da Bíblia Inglesa), “Considerada como um todo literário, ela [a Bíblia de Genebra] tem sobre si o caráter de um manifesto calvinista... um livro com um propósito especial”. F. F. Bruce acrescenta:

As notas da Bíblia de Genebra... são, com certeza, francamente admitidas, calvinistas na doutrina... O povo da Inglaterra e da Escócia... aprendeu muito da sua exegese bíblica a partir dessas notas. A Bíblia de Genebra imediatamente ganhou, e manteve, generalizada popularidade. Ela se tornou a Bíblia familiar dos protestantes de língua inglesa... Ela se tornou a Bíblia autorizada na Escócia e foi trazida à América, onde teve uma forte influência.

Butterworth assinala: “Na linhagem da Bíblia do Rei Tiago, esta [a Bíblia de Genebra] é por todos os meios a obra mais importante... A Bíblia de Genebra... teve uma influência muito grande na formação da Bíblia do Rei Tiago”. Robinson é ainda mais enfático:

Uma grande parte de suas [da Bíblia de Genebra] inovações estão incluídas na Versão Autorizada [King James Version (KJV) – Versão do Rei Tiago]... Às vezes, o texto e a margem da Bíblia de Genebra são como um só; às vezes o texto torna-se a margem e a margem torna-se o texto. Às vezes a margem torna-se o texto e nenhuma outra alternativa é oferecida. Muito frequentemente, a margem da Bíblia de Genebra se torna o texto da Versão Autorizada com ou sem mudança verbal.

Documentação adicional poderia ser dada, mas isso deve ser suficiente para traçar rapidamente a influência daquele maior católico romano, Agostinho, através da Vulgata Latina e de seus escritos, sobre Calvino – e através de Calvino, para a Bíblia de Genebra e dela para a King James Bible (KJV) – Bíblia do Rei Tiago. E, por fim, para púlpitos e lares dos protestantes em toda a Europa, Inglaterra e Estados Unidos. Não é de admirar, então, que aqueles que, como Armínio, ousaram questionar o Calvinismo, foram oprimidos com oposição. É claro, vários sínodos e assembleias foram organizados para formular os credos aceitos e punir os dissidentes, mas as condições eram favoráveis ao Calvinismo, e nenhuma influência para atenuar esse erro era permitida. Isto será documentado nos capítulos 5 e 6.
 

A Nova Bíblia de Estudo de Genebra e a Verdade da Reforma

A moderna Nova Bíblia de Estudo de Genebra (recentemente reimpressa como The Reformation Study Bible (A Bíblia de Estudo da Reforma) está sendo amplamente divulgada em um esforço para infundir nos leitores as doutrinas do Calvinismo. A tradução da New King James Bible (NKJV – Nova Bíblia do Rei Tiago) é atraente. Da mesma forma que a Bíblia de Genebra original, entretanto, as notas são tratados calvinistas. Em seu prefácio, R. C. Sproul escreve:

A Nova Bíblia de Estudo de Genebra é assim chamada porque ela representa a tradição da Bíblia de Genebra original... A luz da Reforma era a luz da Bíblia... A Bíblia de Genebra foi publicada em 1560 [e] dominou o mundo de fala inglesa por uma centena de anos.... Peregrinos e puritanos levaram a Bíblia de Genebra às margens do Novo Mundo. Colonos norte-americanos foram educados com a Bíblia de Genebra... A Nova Bíblia de Estudo de Genebra contém uma reafirmação moderna da verdade da Reforma em seus comentários e notas teológicas. Sua finalidade é apresentar novamente a luz da Reforma.

Na verdade, seu objetivo é infundir nos leitores as doutrinas do Calvinismo, o que é inapropriadamente comercializada como “a verdade da Reforma” – como se Calvinismo e Protestantismo fossem idênticos. Houve, na verdade, muito mais na Reforma além do Calvinismo, não obstante as alegações calvinistas.

 

Obs. Não temos o título de Dave Hunt What Love Is This?: Calvinism's Misrepresentation of God -Que Amor é Esse?: Calvinismo uma falsa representação de Deus) em Português. Caso você deseje ler algo a mais, você encontra parte do livro em português no sítio descrito abaixo:

http://www.arminianismo.com/index.php/categorias/obras/livros/181-dave-hunt-que-amor-e-este/