domingo, 2 de setembro de 2012

AOS AMIGOS
 
Desarmado
Despreparado
Entrei na batalha
Sobrevivência a grande missão
 

Como é pesada esta barra
Esperar tudo de quem ainda não é nada
Buscar a cada luta a força que não existe.
Estar de pé diante de baixas terríveis
Adolescência... Sonhos...
 

Mar... Mar...
O que o amar?
Água... Solidão...
Como encontrar uma paixão?
Só labuta, só lutar
Miséria, fome.
O sol refletia o costume
O sapato furado
O corpo bronzeado
O bolso vazio
 

No vale dos homens
Exploração
Escravidão
Uma flecha atravessou o meu ser
O inimigo acertou a candura
Causou profunda dor na alma

 
Tombou Afro, meu experiente companheiro
75 anos enfrentando procelas
Queria parecer forte
Interiormente frágil
Representei!
 

Batalha desleal
Esvaíram os Sonhos
Sucumbia a vida
Perdia a oportunidade de amar....
 

No vazio do silêncio
Quando Jaziam os sentimentos
Encontrei amigos!
Do mandacaru saiu Dedé,
O Poeta de andorinhas, bem-te-vis e pardais
E do solidário Machado afiado,
Da árvore encantada cortou um Cajado
Ajudava a espantar as feras existenciais
E com meio quilo de Margaridas
Enfeitava os dramas da vida
Em atitudes sem fim...
 

Reconstruir, animar
Preencher o vácuo do coração
Mostrar a capacidade de amar
Reconstruir a singeleza
Desenvolver os sonhos
 

Obrigado meu Deus
Por ter reservado pessoas
Capazes de compreender
Capazes de entender
Com paciência para ouvir
Amigos!
Responsáveis pelo meu sucesso
Estrutura do meu universo
A maior riqueza da vida
 

Escrevendo estes versos
Uma lágrima desce do meu rosto
Molha o papel – Lubrificante da eterna gratidão!

Marcos Avelino

Nenhum comentário: