O homem antes de manter contato
com a palavra de Deus e aceitar a Cristo é dicotômico, possui um corpo e uma
parte espiritual contendo duas substância: uma alma que sente e recorda, e um
espírito que tem consciência e possui conhecimento de Deus. Quando esse homem
entra em contato com a palavra de Deus e O aceita, o espírito é regenerado e o
homem passa a ser tricotômico, porque a palavra de Deus separa a alma do
espírito, conforme o que está escrito em Hb 4:12. Três elementos essenciais
forma agora o homem nascido de novo: um espírito, imortal que tem vontade e
consciência, uma alma e um corpo. O apóstolo Paulo em I Ts 5:23 fala em sua
oração da santificação do espírito, alma e corpo.
No momento da salvação o espírito é regenerado e justificado
isso inclui nova vida em Cristo, reconciliação com Deus, perdão de pecados através do sacrifício de
Jesus, e a declaração de Deus tornando-o justo. A alma passa pelo processo de santificação através da transformação à semelhança de Cristo e como
consequência o corpo será glorificado
no futuro.
A justificação é Deus como juiz declarando o homem justo. O
Antigo testamento utiliza duas formas diferentes do mesmo termo hebraico
(hidsdik e tsiddek) para expressar o conceito de justificação. Esses termos,
exceto em algumas passagens, não indicam mudança moral operada por Deus no
homem, mas regularmente designam uma declaração divina a respeito do homem.
Transmitem a ideia de que Deus, em sua qualidade de juiz, declara o homem
justo. (Dt 25:1 Pv 17:15; Is 5:3 Sl 143:2) O Termo do Novo testamento (diikaio-o) tem o
mesmo significado, isto é, declarar justo. (Rm 3:20-28 4:5-7 Gl 2:16; 3:11 5:4 II
Co 5:19). Entende-se que o termo "justificar" não significa tornar o
homem justo mas declarar justo.
Portanto por justificação
entende-se o ato pelo qual Deus declara posicionalmente justa a pessoa que a Ele
se chega através da pessoa de Jesus Cristo. Esta justificação envolve dois
atos: o cancelamento da dívida do pecado na conta do pecador, e o lançamento da
justiça de Cristo em seu lugar. Tornando-se mais claro: Justificação não é
aquilo que o homem é ou tem em si mesmo, mas aquilo que o próprio Cristo é e
faz na vida do crente.
"Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há
em Cristo Jesus.
Ao qual Deus propôs para propiciarão pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;
Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus." Rm 3 :24-26
Ao qual Deus propôs para propiciarão pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;
Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus." Rm 3 :24-26
Não se deve confundir
Justificação com regeneração. A
regeneração é obra sobrenatural e instantânea de Deus que outorga nova
vida ao pecador que aceita a Cristo como seu salvador pessoal. Através desse
milagre, o pecador é ressuscitado da morte (do pecado) para a vida (na justiça
de Cristo)
Esta nova vida é a natureza
divina que passa a habitar no crente, mediante o poder do espírito Santo. (Tt 3:5;
Jo 1:12-13) Sem essa miraculosa transformação espiritual, o pecador arrependido
permaneceria morto na sua natureza pecaminosa e incapaz de conhecer a Deus num
relacionamento pessoal. (Ef 2:1 Rm 8:7)
A justificação tem um lugar fora
de nós , junto ao trono de Deus, onde Ele nos declara justos. É pois coisa
objetiva . A regeneração é obra divina operada em nosso interior. É por isso, subjetiva.
Frelingh afirma que A
justificação é o veredito de Deus e a regeneração é uma experiência humana. A
justificação é o que Deus fez por nós ; a regeneração e o que Deus faz em nós.
A justificação muda a nossa posição, ou situação; a regeneração tem a ver com o
nosso estado. A justificação muda nosso estado para com Deus; já a regeneração
muda a nossa natureza.
A santificação é obra da graça pelo qual o crente é separado
do ego e da pecaminosidade interior, e , pela concessão do Espírito santo,
separado para a santidade e o serviço de Deus. A santificação tem início com a
regeneração quando Deus liberta o homem do pecado e opera o desejo de ser
semelhante a Cristo. O Breve Catecismo de Westminster na página 35 afirma que a Santificação
é a obra da livre graça de Deus, pela qual somos renovados em todo o nosso ser,
segundo a imagem de Deus, habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e a
viver para a retidão.
A
glorificação será a salvação da presença do pecado em nossa vida. Na
glorificação, a salvação envolverá o corpo físico, então glorificado. Estaremos
ressuscitados. Estaremos no Céu (Rm 13:11; 2Co 5:2,4; Fp 2:12 e Hb 9:2). Será
redenção do corpo (Rm 8:23).
Em resumo poderíamos dizer que a salvação, obra da
graça de Deus vista na experiência humana, ela tem três tempos: no passado, justificação; no presente, santificação; no futuro, glorificação. "A justificação é um ato instantâneo; santificação é um processo; regeneração é nascimento, santificação é crescimento;
transformação progressiva efetuada pelo Espírito Santo na vida daqueles que
confiam em Cristo."
Até Breve.
Marcos Avelino
Fonte de Consulta
OLIVEIRA,
Raimundo, soteriologia, ler As grandes
doutrinas da bíblia, CPAD, Rio de janeiro, 1987 v./ pp.225-235
FRELINGH,
H.M. Os oito Pilares da Salvação,. Betânia, Belo Horizonte,MG, 1968 v./ pp.94
Eliseu
Pereira - lição 20 - Doutrina da Santificação - http://www.ebdonline.com.br/cursos/fundamentos20.htm