"Porventura não
vês tu o que andam fazendo nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém? Os
filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a
massa, para fazerem bolos à rainha dos
céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira. Acaso
é a mim que eles provocam à ira? diz o Senhor, e não a si mesmos, para confusão
dos seus rostos? Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que a minha ira e o meu
furor se derramarão sobre este lugar, sobre os homens e sobre os animais, e
sobre as árvores do campo, e sobre os frutos da terra; e acender-se-á, e não se
apagará. (Jeremias 7: 17-20)"
A palavra que veio a Jeremias, acerca de todos
os judeus, habitantes da terra do Egito,
que habitavam em Migdol, e em Tafnes, e em Nofe, e na terra de Patros, dizendo:
Assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Vós vistes todo o mal que fiz
vir sobre Jerusalém, e sobre todas as cidades de Judá; e eis que elas são hoje
uma desolação, e ninguém habita nelas; Por causa da maldade que fizeram, para
me irarem, indo queimar incenso, e servir a deuses estranhos, que nunca
conheceram, nem eles, nem vós, nem vossos pais.
E eu vos enviei todos
os meus servos, os profetas, madrugando e enviando a dizer: Ora, não façais
esta coisa abominável que odeio. Mas eles não escutaram, nem inclinaram os seus
ouvidos, para se converterem da sua maldade, para não queimarem incenso a
outros deuses.
Derramou-se, pois, a
minha indignação e a minha ira, e acendeu-se nas cidades de Judá, e nas ruas de
Jerusalém, e elas tornaram-se em deserto e em desolação, como hoje se vê. Agora,
pois, assim diz o Senhor, Deus dos Exércitos, Deus de Israel: Por que fazeis
vós tão grande mal contra as vossas almas, para vos desarraigardes, ao homem e
à mulher, à criança e ao que mama, do meio de Judá, a fim de não deixardes
remanescente algum; Irando-me com as obras de vossas mãos, queimando incenso a
deuses estranhos na terra do Egito,
aonde vós entrastes para lá habitar; para que a vós mesmos vos desarraigueis, e
para que sirvais de maldição, e de opróbrio entre todas as nações da terra?
Esquecestes já as
maldades de vossos pais, e as maldades dos reis de Judá, e as maldades de suas
mulheres, e as vossas maldades, e as maldades de vossas mulheres, que cometeram
na terra de Judá, e nas ruas de Jerusalém? Não se humilharam até ao dia de
hoje, nem temeram, nem andaram na minha lei, nem nos meus estatutos, que pus
diante de vós e diante de vossos pais.
Portanto assim diz o
Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que eu ponho o meu rosto contra vós
para mal, e para desarraigar a todo o Judá. E tomarei os que restam de Judá, os
quais puseram os seus rostos para entrarem na terra do Egito, para lá habitar
e todos eles serão consumidos na terra do Egito; cairão à espada, e de fome
morrerão; consumir-se-ão, desde o menor até ao maior; à espada e de fome
morrerão; e servirão de execração, e de espanto, e de maldição, e de opróbrio. Porque
castigarei os que habitam na terra do Egito,
como castiguei Jerusalém, com a espada, com a fome e com a peste. De
maneira que da parte remanescente de Judá, que entrou na terra do Egito, para
lá habitar, não haverá quem escape e fique para tornar à terra de Judá, à qual
eles suspiram voltar para nela morar; porém não tornarão senão uns fugitivos.
Então responderam a
Jeremias todos os homens que sabiam que suas mulheres queimavam incenso a
deuses estranhos, e todas as mulheres que estavam presentes em grande multidão,
como também todo o povo que habitava na terra do Egito,
em Patros, dizendo: Quanto à palavra que nos anunciaste em nome do
Senhor, não obedeceremos a ti; Mas certamente cumpriremos toda a palavra que
saiu da nossa boca, queimando incenso à rainha
dos céus, e oferecendo-lhe libações, como nós e nossos pais, nossos reis e
nossos príncipes, temos feito, nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém; e
então tínhamos fartura de pão, e andávamos alegres, e não víamos mal algum. Mas
desde que cessamos de queimar incenso à rainha
dos céus, e de lhe oferecer libações, tivemos falta de tudo, e fomos
consumidos pela espada e pela fome. E quando nós queimávamos incenso à rainha dos céus, e lhe oferecíamos
libações, acaso lhe fizemos bolos, para a adorar, e oferecemos-lhe libações sem
nossos maridos?
Então disse Jeremias a
todo o povo, aos homens e às mulheres, e a todo o povo que lhe havia dado esta
resposta, dizendo: Porventura não se lembrou o Senhor, e não lhe veio ao
coração o incenso que queimastes nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém,
vós e vossos pais, vossos reis e vossos príncipes, como também o povo da terra?
De maneira que o Senhor não podia por mais tempo sofrer a maldade das vossas
ações, as abominações que cometestes; por isso se tornou a vossa terra em
desolação, e em espanto, e em maldição, sem habitantes, como hoje se vê. Porque
queimastes incenso, e porque pecastes contra o Senhor, e não obedecestes à voz
do Senhor, e na sua lei, e nos seus testemunhos não andastes, por isso vos
sucedeu este mal, como se vê neste dia.
Disse mais Jeremias a
todo o povo e a todas as mulheres: Ouvi a palavra do Senhor, vós, todo o Judá,
que estais na terra do Egito. Assim
fala o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel, dizendo: Vós e vossas mulheres não
somente falastes por vossa boca, senão também o cumpristes por vossas mãos,
dizendo: Certamente cumpriremos os nossos votos que fizemos de queimar incenso
à rainha dos céus e de lhe oferecer libações; confirmai, pois, os vossos votos,
e perfeitamente cumpri-os. Portanto ouvi a palavra do SENHOR, todo o Judá, que
habitais na terra do Egito: Eis que
eu juro pelo meu grande nome, diz o SENHOR, que nunca mais será pronunciado o
meu nome pela boca de nenhum homem de Judá em toda a terra do Egito dizendo: Vive o Senhor DEUS! Eis que velarei sobre
eles para mal, e não para bem; e serão consumidos todos os homens de Judá, que
estão na terra do Egito, pela espada
e pela fome, até que de todo se acabem. E os que escaparem da espada voltarão
da terra do Egito à terra de Judá,
poucos em número; e todo o restante de Judá, que entrou na terra do Egito, para habitar ali, saberá se subsistirá a minha
palavra ou a sua. E isto vos servirá de sinal, diz o Senhor, que eu vos
castigarei neste lugar, para que saibais que certamente subsistirão as minhas
palavras contra vós para mal. Assim diz o SENHOR: Eis que eu darei Faraó-Hofra,
rei do Egito, na mão de seus inimigos, e na mão dos que procuram a sua morte;
como entreguei Zedequias, rei de Judá, na mão de Nabucodonosor, rei de
babilônia, seu inimigo, e que procurava a sua morte. (Jeremias 44:1-30)
Em Jeremias capítulo 7 a rainha
dos céus certamente era Ishtar, a deusa babilônica que era conhecida com
"rainha dos céus". Dependendo da cultura ela se tornou conhecida como
Isis, Diana, Artemis, Inana, Astarte, Cybele entre outros.
Amarna, escrevendo a
Amenófis III, Tushratta menciona “Istar, senhora do céu”. No Egito, certa
inscrição do Rei Horemheb, que segundo se crê reinou no século 14 aC,
menciona “Astarte [Istar], senhora do céu”. Um fragmento duma estela encontrada
em Mênfis, do reinado de Mernepta, rei egípcio que segundo se crê reinou no
século 13 aC, representa Astarte com a inscrição: “Astarte, senhora
do céu.” No período persa, em Siene (moderna Assuã), Astarte foi apelidada de
“a rainha dos céus”.
Em Jeremias capítulo 44 a rainha dos céus era Ísis (em egípcio:
Auset). Jeremias estava escrevendo para os judeus exilados no Egito. Isis foi
uma deusa da mitologia egípcia, cuja adoração se estendeu por todas as partes
do mundo greco-romano. Foi cultuada como modelo da mãe e da esposa ideais,
protetora da natureza e da magia. Era a amiga dos escravos, pescadores,
artesãos, oprimidos, assim como a que escutava as preces dos opulentos, das
donzelas, aristocratas e governantes. Ísis é a deusa da maternidade e da
fertilidade.
Os primeiros registros escritos
acerca de sua adoração surgem pouco depois de 2500 a.C., durante a V dinastia
egípcia. A deusa Ísis, mãe de Horus, foi a primeira filha de Geb, o deus da
Terra, e de Nut, a deusa do Firmamento, e nasceu no quarto dia intercalar.
Durante algum tempo Ísis e Hator ostentaram a mesma cobertura para a cabeça. Em
mitos posteriores sobre Ísis, ela teve um irmão, Osíris, que veio a tornar-se
seu marido, tendo se afirmado que ela havia concebido Horus. Ísis contribuiu
para a ressurreição de Osiris quando ele foi assassinado por Seth. As suas
habilidades mágicas devolveram a vida a Osíris após ela ter reunido as
diferentes partes do corpo dele que tinham sido despedaçadas e espalhadas sobre
a Terra por Seth. este mito veio a tornar-se muito importante nas crenças
religiosas egípcias.
Ísis também foi conhecida como a
deusa da simplicidade, protetora dos mortos e deusa das crianças de quem
"todos os começos" surgiram, e foi a Senhora dos eventos mágicos e da
natureza. Em mitos posteriores, os antigos egípcios acreditaram que as cheias
anuais do rio Nilo ocorriam por causa das suas lágrimas de tristeza pela morte
de seu marido, Osíris. Esse evento, da morte de Osíris e seu renascimento, foi
revivido anualmente em rituais. Consequentemente, a adoração a Ísis estendeu-se
a todas as partes do mundo greco-romano, perdurando até à supressão do
paganismo na Era Cristã.
Paralelos com a Virgem Maria do Catolicismo Romano
Alguns eruditos traçam paralelos
entre a adoração de Ísis na época final do Império romano e a veneração de
hiperdulia à Virgem Maria cristã. Quando o cristianismo começou a ganhar
popularidade, difundindo-se na Europa e em todas as partes do Império, os
primitivos cristãos converteram um relicário da Ísis egípcia em um para Maria e
de outros modos "deliberadamente tomaram imagens do mundo pagão".
Embora a Virgem Maria teoricamente
seja venerada tanto pelos Católicos quanto pelos Ortodoxos, atualmente com o
aumento das aparições da mesma, ela esta sendo idolatrada e recebendo status de
divindade pois ela é apresentada pelas aparições como: mediadora; advogada; co-redentora;
intercessora; salvadora; onisciente; onipotente e rainha dos céus. O seu
papel, como figura de mãe compassiva, tem paralelos com a figura de Ísis. O
historiador Will Durant observou que "os primitivos Cristãos por vezes
fizeram os seus cultos diante de estátuas de Ísis amamentando o filho Hórus,
vendo nelas uma outra forma do nobre a antigo mito pelo qual a mulher (isto é,
o princípio feminino) é a criadora de todas as coisas, tornando-se por fim, a
"Mãe de Deus"". Hórus, sob este aspecto infantil, foi denominado
Harpócrates pelos antigos Gregos.
Isto é fruto da exposição dos
primitivos cristãos à arte egípicia. Uma pesquisa com "os vinte principais
Egiptólogos", conduzida pelo Dr. W. Ward Gasque, um erudito cristão,
revelou que todos os participantes reconheceram "que a imagem de Ísis com
o bebê Hórus influiu na iconografia cristã da Virgem e o Menino", mas que
não houve nenhuma outra semelhança, como por exemplo, que Hórus tenha nascido
de uma virgem, que tenha tido doze seguidores, ou outras.
A Rainha do céus continua se manifestando até hoje?
A adoração da “rainha dos céus”
chegou a ser praticada até o quarto século dC. Por volta de 375 dC, Epifânio de
Salamina, bispo da cidade de Salamina e metropolita da ilha de Chipre, no
final do século IV d.C. declarou o seguinte em seu tratado Panarion (79,
1, 7): “Algumas mulheres decoram uma espécie de carro ou um banco de
quatro cantos e, depois de estirarem sobre ele uma toalha de linho, num certo
dia festivo do ano, colocam em frente dele um pão durante alguns dias e o
oferecem em nome de Maria. Então, todas as mulheres partilham deste pão.”
Epifânio (79, 8, 1, 2) relacionou tais práticas com a adoração da “rainha
dos céus” apresentada em Jeremias, e cita Jeremias 7:18
e Jer
44:25. — Epiphanius (Epifânio), editado por Karl Holl, Leipzig,
1933, Vol. 3, pp. 476, 482, 483.
Atualmente, a Igreja Católica e
Apostólica Romana- ICAR, tem dado a Maria status de deusa, semelhante as
divindades pagãs. Vejamos partes do livro , The Glories of Mary (As Glórias de
Maria), escrito pelo Bispo Alphonse de Ligouri, um dos maiores escritores
devocionais da ICAR.
'E ela é
verdadeiramente uma mediadora de paz entre pecadores e Deus. Os pecadores
recebem perdão somente por Maria' (págs. 82,83). 'Maria é nossa vida...Maria
assim, obtendo esta graça para os pecadores por suas intercessões,
restaura-lhes a vida (pág. 80). 'Caiu e está PERDIDO o que não se refugia em
Maria' (pág. 94).
'A Santa
Igreja ordena uma ADORAÇÃO peculiar a MARIA' (pág. 130). 'Muitas coisas...são
pedidas a Deus, e não são alcançadas; elas são pedidas a Maria, e são obtidas',
porque 'Ela....é até mesmo Rainha do Inferno, e Soberana Senhora dos Demônios'
(págs. 127, 141 ,143).
'Maria é
chamada...o portão do céu porque ninguém pode entrar neste bendito reino sem
passar através DELA' (pág. 160).'O Caminho da Salvação é aberto por nenhum
outro além de MARIA', e visto que 'Nossa salvação está nas mãos de Maria...O
que é protegido por MARIA será salvo, e o que não é se perderá' (págs.
169,170).
'Todo poder é
dado a ti no Céu e na terra', de forma que 'ao comando de MARIA todos obedecem
- até Deus....e dessa forma Deus colocou toda a Igreja.....sob o domínio de
Maria' (págs. 180,181). Maria 'é também a Advogada de toda a raça
humana...porque ela pode fazer o que quiser com Deus' (pág. 193).
'Maria é a
Apaziguadora entre pecadores e Deus' (pág. 197) 'Nós freqüentemente obtemos
mais rapidamente o que pedimos invocando o nome de Maria, do que invocando o de
Jesus.' 'Ela é nossa Salvação, nossa Vida, nossa Esperança, nosso Conselho,
nosso Refúgio, nosso Socorro' (págs. 254,257).
'Toda a
Trindade, Ó MARIA, te deu um nome.....acima de todo outro nome, para que ao Teu
Nome todo joelho se dobre, das coisas no céu, na terra, e debaixo da terra'
(pág. 260).
Portanto, uma
entidade chamada "rainha dos céus"
está aproveitando da veneração que os cristãos tem por Maria levando-os a
adoração dessa entidade personificando Maria e enganando os fiéis. Podemos ver
isso nas própria aparições da "rainha
dos céus" quado afirma: "Eu sou Maria, a Rainha dos céus e dos
anjos" Message from Mary in St. Bridget (Sweden) Suécia.
Esta não é a
Maria da Bíblia. Estão atribuindo qualidade de
Deus a Maria que foi uma humilde serva do Senhor, obediente a Ele.
Fontes de
pesquisa:
BOETTNER,
Loraine. Catolicismo Romano. Imprensa Batista Regular, São Paulo 1985 pp
114-117.
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