quinta-feira, 11 de março de 2010

EVANGELISMO SEGUNDO JESUS

Graça e a paz do nosso Senhor Jesus a todos os irmãos...

De antemão peço aos leitores que não interrompam a leitura desse texto por qualquer conceito prematuramente formado, talvez os amados nunca tenham lido um ponto de vista como este, pelo menos não vindo de alguém tão próximo. Mas lhes garanto que todo ponto de vista, é visto de um ponto. Mas se há, aqui, alguma equivalência com o coração do Senhor Jesus, O peço que isso seja guardado no coração dos amados irmão. No mais, boa leitura e que os irmãos não ignoreis as referências bíblicas aqui citadas.

Evangelismo é um tema relativamente citado em nosso meio, e que de tempo em tempo uma “unção desesperada por almas” sentimentaliza no coração da igreja um impulso culposo que a leva a um evangelismo não sustentável, pois é de pouca duração. Por favor, não me interpretem mal, o que estou questionando é a natureza desse desejo e não a ação em si. Se, é o fruto de uma crise financeira que empurra a igreja á busca de novos congregados – que é equivalente a patrocinadores? Ou se é gerado no intimo da alma humana pelo próprio Espírito de Deus, que ama sem interesses. Nos tempos dos discípulos também havia outras más influencias que fazia alguns evangelizar (Fl 1:15-18), e Paulo até permitia que outras motivações fizessem Cristo conhecido. O problema é que a verdadeira intenção do nosso evangelismo e atos deve ser frutos de amor ( ICo 13:1..). E uma má motivação não tem referencias na vida de Jesus ou dos seus discípulos.

Estudando o ministério padrão, que é do Senhor Jesus, o que vemos é a verdadeira manifestação da misericórdia, expressa na forma de curas, aceitação do excluído e de perdão de pecados. Jesus não buscava adeptos para fortalecer Sua “religião” e nem números para dá ibope ao seu ministério. Ele buscava filhos para se relacionarem em atos de amor. O interesse do Senhor era o de curar o homem na totalidade de males que o destruía. Cristo não tinha o “rabo-preso” a nenhuma autoridade religiosa, mas o Senhor falava a verdade de Deus, doa a quem doer e que Seu Pai o tinha enviado para libertar os homens das algemas do diabo e do autoritarismo de homens que ostentavam o domínio sobre o seu próximo. Ao contrário do antigo testamento que aperfeiçoava o homem a uma vida voltada para as exterioridades do ser, Jesus instalou a doutrina da consciência desenvolvida, onde a atuação do Espírito Santo no homem é no seu interior. O que mais o Senhor ensinou em Seus sermões foi à responsabilidade pessoal que todos temos com nossas almas para a curarem; motivou os homens a olharem para dentro de si, e buscassem a verdade de seu ser humano; e a cura para suas mazelas da personalidade com o fim de nosso elo com o Pai, perdido na queda, fosse restaurada através da aceitação do testemunho Jesus.

O que o Senhor desejou produzir no coração humano foi uma consciência responsavelmente madura. O plano de Jesus era libertar o homem da tutela da lei mosaica, o “aio” obsoletado não servia mais para guiar o homem, pois “o meu justo vivera pela fé”. Jesus estava preparando o homem para a liberdade no Espírito que Sua verdade iria produzir (Jo 8:32). E a um grau de intimidade tão elevado que no âmago humano nossa consciência nos permitiria chamarmos: Aba, Pai (Rm 8:15). Jesus veio dá vida ao casamento falido do homem com Deus. O contato da criatura com seu Criador seria alicerçados na intimidade e não na fechada, Jesus não nos quer meninos na fé para sempre. Mas Seu desejo é que cresçamos (ICo 13:11 ; IPe 2:2).

Vivendo o evangelho com a vida abundante que o Senhor nos proporcionou, poderíamos evangelizar sem crises existenciais; com verdade e com a vida; pois seriamos a própria palavra de Jesus escrita em nossos corações (IICo3:2), sem performance, sem auto-confiança, sem barganhas a fazer. O pecador nos veria transformados, sem um olhar condenatório, sem interesses financeiros e não terias argumentos para resistir à verdade de Jesus aplicada em nossas vidas. Um pecador remido testemunhando a um pecador em busca da redenção. Jesus acreditou que o evangelho seria transmitido através de uma vida incendiada pela chama do Espírito ardendo no coração; que a luz que brilha em nós, conduzisse outros a adquirirem a mesma luz; que o nosso ser sal, gerasse outros sais. Jesus nunca desejou que homens usassem a fé para dominar outros homens; que líderes religiosos usassem a bíblia e a manipulassem para que mediante o terrorismo ao medo do inferno, criassem um exercito de marionetes débeis mentais incapazes de terem suas próprias opiniões, aprisionadas até a alma aos caprichos presunçosos de um narcisista mesquinho. Jesus desejou que entendêssemos que a graça é de graça e que deveríamos anunciá-la de graça. E que a liberdade do ser no Espírito Santo é algo inegociável (Gl 5:1).

O evangelho gera um rio de vida inesgotável que não pode ser represado e que não depende de bens materiais, mas unicamente do Espírito que habita em nós. O Mestre lutou para que não sejamos alienados a respeitos dos assuntos dEle (Jo 15:15). Só então depois de termos esse encontro vivo com Jesus, que libertou nossa alma e curou nossas patologias espirituais, poderíamos com propriedade falarmos de um evangelho que transforma.

Que fique com vocês os meus sinceros desejos que a reflexão a respeito do Evangelismo Segundo Jesus, adubem as vossas raízes para as aprofundarem e os nutrir-los para a produção de frutos de uma alma achada em Jesus; e que uma fé forte e longínqua brote entre as fendas de uma mente inconscientemente “religiosa”.

Estou à disposição para qualquer, eventual esclarecimento.

Tiago Terto

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