terça-feira, 25 de junho de 2013

O DÍZIMO É ANTERIOR A LEI (II)

O DÍZIMO É ANTERIOR A LEI (II)

Veja este argumento de Venefredo Barbosa Vilar no Livro:"DÍZIMO - O engano cavalgando a verdade." No capítulo "O dízimo é anterior a Lei" 1a edição, junho de 2006. Disponível eletronicamente em: http://tudosobredizimo.blogspot.com.br/2008/06/o-dzimo-anterior-lei.html

 
Ele está comentando sobre o mesmo assunto da postagem anterior - O DÍZIMO É ANTERIOR A LEI


"Esse é o forte argumento comumente usado pelos pregadores do dízimo, para rebater os cristãos recalcitrantes, não dizimistas, que afirmam que o dízimo é da lei. Realmente, parece um argumento e tanto, bastante robusto, irretorquível. Mas acompanhe passo a passo o raciocínio a seguir.

Os preceitos que se seguem também são anteriores à lei, e foram incorporados a ela, mas nem por isso nos sentimos obrigados a observá-los, e nem somos ensinados a fazê-lo:

*A distinção entre animal limpo e animal imundo, e a conseqüente proibição de comer a carne deste último [Gênesis 7, Levítico 11];
*A circuncisão [Gênesis 17, 21; Josué 5];
*O sacrifício de animais [Gênesis 15; Êxodo 20, 24; Levítico 1 e seguintes];
*A consagração dos primogênitos dos homens e dos animais a Deus [Êxodo 13, Números 3];
*O levirato [Gênesis 38, Deuteronômio 25];
*A celebração anual da páscoa [Êxodo 12, 23; Josué 5];
*A guarda do sétimo dia (sábado) [Gênesis 2; Êxodo 16, 20, 23].

Você certamente concorda comigo nisso, mas poderá levantar uma forte objeção: É verdade, o raciocínio acima parece lógico, mas o dízimo aparece também no Novo Testamento, logo deve ser observado, pois ficou inserido no contexto do evangelho! Então vamos continuar investigando o caso.

*A distinção entre animal limpo e animal impuro aparece também no Novo Testamento. O apóstolo Pedro tinha dificuldade com isso, mas parece que esse problema foi resolvido, pelo menos em relação aos gentios [Atos 10, 11, 15];
*A circuncisão também está no Novo Testamento, e está relacionada à pessoa mais importante. E foi justamente no dia da sua circuncisão, quando completou oito dias de vida, que ele recebeu o seu nome: Jesus [Lucas 2]. Aliás, a prática da circuncisão até aparece lá bem na frente. O próprio apóstolo Paulo circuncidou Timóteo, filho de uma judia crente e pai grego [Atos 16];
*De igual modo, o sacrifício de animais. Na consagração do primogênito Jesus, foram sacrificados um par de rolas e dois pombinhos [Lucas 2];
*E como estava escrito na lei, ele foi também consagrado ao Senhor na condição de primogênito [Lucas 2];
*O levirato, por sua vez, ainda era praticado nos dias do Senhor Jesus. Os saduceus nos dão notícia disso nos três Evangelhos [Mateus 22, Marcos 12, Lucas 20];
*A celebração anual da Páscoa, também. E o próprio Senhor Jesus a celebrou [João 2, 13, 18; Mateus 26];
*E até o polêmico sábado era observado [Lucas 4, 23; Mateus 24].

E o que dizer do voto? Não me refiro ao voto com o qual elegemos os bons (pouquíssimos) e os maus (muitíssimos) políticos para os cargos públicos. Falo da promessa votiva, isto é, da promessa com que uma pessoa se obriga para com Deus. Aliás, a obrigação do dízimo para os israelitas, a meu ver, nasceu do voto de Jacó (portanto antes da outorga da lei). Em diversas ocasiões, Deus deu longas e detalhadas instruções a Moisés sobre o voto, particularmente o de nazireu [Levítico 27; Números 6, 30; Deuteronômio 23]. Os nazireus mais conhecidos da Bíblia são: Sansão [Juízes 13], Samuel [I Samuel 1], João Batista [Lucas 1, 7]. No Novo Testamento, temos notícia de que o apóstolo Paulo raspou a cabeça, em Cencréia, por ocasião da sua segunda viagem missionária, por ter tomado ou feito voto [Atos18]. E foi exatamente pelo seu envolvimento no cumprimento de votos alheios, feitos por quatro homens, quando seguia sugestões dos apóstolos, que acabou sendo preso e processado em Jerusalém, o que pôs fim à sua carreira missionária e resultou na sua ida a Roma, para julgamento perante o tribunal do imperador César [Atos 21 a 29].

Então reflita novamente e responda: Estamos sendo ensinados a observar esses importantes preceitos acima mencionados, que à semelhança do dízimo, existiram antes da lei e foram a ela incorporados e eram observados nos tempos do Novo Testamento?

Por que será que somente o dízimo é ensinado e com tanta ênfase, com promessas e maldições? (Conheço as poucas exceções). Não parece ser um ensino enganoso, muito bem montado sobre a verdade, tendencioso e muito vantajoso para o doutrinador?" (...)

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